A primeira audiência do julgamento do caso
New Hit, que começou nesta segunda (18), já gera vários protestos na
cidade de Ruy Barbosa. Representantes de movimentos feministas, como da
Marcha Mundial de Mulheres, estão localizadas próximo ao Fórum Edgar
Mendes Quintela e protestaram na chegada dos músicos ao local. Entre
elas, está deputada estadual Luiza Maia (PT), criadora da Lei
Antibaixaria, contra algumas letras das músicas de pagode.
De acordo com o site Bahia Notícias, com a chegada dos músicos ao local, algumas mulheres romperam o cordão de isolamento policial indo de encontro aos carros onde estavam os acusados. Os policias, no entanto, conseguiram conter as manifestantes. Com faixas e cartazes escritos 'Estupro é crime', as protestantes cobram uma decisão da justiça contra os pagodeiros.
Desde a noite deste domingo (17), foi realizado o bloqueio da rua que cercam a frente do fórum. O reforço policial conta com o apoio da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) e da Companhia de Emprego Tático Operacional, de Itaberaba.
A juíza Márcia Simões Costa, titular da Vara Crime de Ruy Barbosa, onde ocorrerá a audiência, ouvirá individualmente os músicos, além do soldado da PM que fazia a segurança do grupo e outras testemunhas arroladas pela defesa.
Em entrevista ao site, a promotora do caso Marina Jansen acredita que os três dias de audiência poderão adiantar o processo, mas não será suficiente para encerrar o caso, já que é necessário ouvir pessoas de outras regiões do estado. Já para um dos advogados de defesa, Cléber Andrade, a principal tese de defesa dos acusados é a de consentimento sexual e acredita na absolvição.
Entenda o casoOs nove integrantes da banda de pagode New Hit são acusados de estuprar duas adolescentes de 16 anos, em agosto de 2012, na cidade de Ruy Barbosa, a 320 quilômetros de Salvador. Além dos pagodeiros o soldado da PM, acusado de acobertar o crime, também será julgado entre os dias 18, 19 e 20 de fevereiro.
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