Categoria não aceitou proposta elaborada pelo Ministério Público da BA.
Greve completa 94 dias e compromete o ano letivo dos estudantes.
Professores votam à favor de continuidade da greve (Foto: Jairo Gonçalves/ G1)
Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (13) os professores recusaram a proposta elaborada
pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e decidiram manter a greve.
Diante desta resolução, a greve dos professores da rede estadual de
ensino completa 94 dias e compromete ainda mais o ano letivo na Bahia.Antes mesmo de se reunirem na Assembleia Legislativa, os professores já indicavam que não estavam satisfeitos com a proposta apresentada pelo órgão, que intermedeia as negociações entre a categoria e o governo. De acordo com Rui Oliveira, coordenador geral do sindicato (APLB) que falou com a imprensa antes da votação em assembleia, a greve continua porque não foram contemplados itens como a readmissão dos 57 professores exonerados e a devolução imediata dos salários cortados. Os professores voltam a se reunir em assembleia na próxima semana.
"Não há cenas dos próximos capítulos, isso aqui não é Avenida Brasil, os professores merecem respeito e a greve vai continuar", diz Rui, completando sua fala pedindo o apoio da comunidade ao movimento.
Os professores já haviam sinalizado ainda na noite de quinta-feira (12) que a proposta não havia agradado a categoria, pois se reuniram para analisar o documento apresentado pelo MP-BA e consideraram a proposta insuficiente. Na ocasião Rui Oliveira informou que a proposta será encaminhada para as representações da categoria no interior do estado para que eles participem da elaboração de contraproposta.
Proposta do MP-BA
Na proposta do MP-BA, os 22% de reajuste não seriam pagos este ano como querem os professores. Os dois avanços de 7% ficam mantidos - o primeiro em novembro e o segundo seria antecipado de abril para março, de 2013. Os professores em estágio probatório, aprovados em concurso, mas que ainda não têm estabilidade, estariam incluídos nas promoções. As punições aos professores seriam revistas e o pagamento dos salários cortados estariam condicionados a um plano de reposição de aulas.
A primeira avaliação do comando de greve foi logo após a reunião do MP-BA com os sidicalistas e os representantes do Governo. Eles conversaram cerca de meia hora a portas fechadas. Na saída, Rui Oliveira disse que não houve "muita" alteração na proposta. "Deixa a desejar no que diz respeito a coisas ambíguas, como readimissão dos demitidos. Diz que vai rever, vai analisar, mas não diz que vai readmitir. É muito insuficiente e nós achamos que a greve deve continuar" afirmou ainda na noite de quinta-feira (12).
0 Comments:
Postar um comentário