Segundo Dr Helvécio Argolo, Ilhéus precisa reivindicar o que é de direito do município
O Juiz da Vara de Família, Dr Helvécio Argolo, declarou que se não houver uma resolução para a situação crítica do Presídio Ariston Cardoso, em Ilhéus, ele não vai prender mais ninguém. A declaração ocorre durante uma reunião contra o fechamento do Presídio, no dia 2 de agosto, na OAB de Ilhéus. "Os presos cíveis, que o sistema jurídico hoje só permite preso por dívida alimentar, vão pra Itabuna, que não tem condições de receber todos os presos que se tem aqui [Ilhéus]. Além das questões criminal e penal, tem o direito da família, que o regime é fechado. Ele tem que ir para o presídio. Eu não sei quem pensou isso. O sujeito que pensou isso [fechamento do Presídio], não pensou em Ilhéus. Eu acho que a comunidade de Ilhéus não pode ficar pacificada e aceitar. É reivindicar discussão, conversa, ainda que se feche depois. Mas sem conversa, vindo de cima para baixo, me parece uma tragédia. No que diz respeito a mim, é gravíssimo isso. O que vai acontecer é que eu não vou prender mais ninguém. Porque eu não vou decretar prisão cível de ninguém pra ir para comarca de Itabuna, ficar longe da família, por questão de fechamento e falta de estrutura de um local pra fazer. Como pela lei o regime é fechado, é só o sistema carcerário. Eu não posso decretar prisão domiciliar. Eu vim trazer mais essa consequência grave do fechamento de um presídio como esse. Ilhéus precisa reivindicar o que é de direito do município. É de interesse da sociedade ilheense", declarou
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