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Polícia Civil investiga denúncia de agressão a criança autista em Apae

 


A Polícia Civil de Monte Aprazível (SP) abriu uma investigação para apurar uma suposta agressão contra um menino autista de dez anos dentro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) do município.

A mãe da criança registrou um boletim de ocorrência, relatando que seu filho, aluno da instituição com autismo nível 3 e dificuldades de comunicação verbal, sofreu ferimentos nas duas orelhas após ser agredido por uma professora em sala de aula.

A Apae de Monte Aprazível informou que também instaurou uma sindicância interna para apurar a denúncia e comunicou o Conselho Tutelar sobre o caso.

Segundo a mãe, Jussara dos Santos da Silva, ao buscar o filho na Apae na manhã do dia 23 de abril, percebeu que as orelhas do menino estavam roxas e machucadas. Ao questionar a professora, Jussara relata ter sido informada de que o próprio filho havia se machucado. A mãe estranhou a explicação, pois o menino não costuma se automutilar, e caso tivesse feito isso, haveria outras marcas pelo corpo, o que não ocorreu. Jussara mencionou que, em momentos de estresse, o filho tem o hábito de morder as mãos.

No boletim de ocorrência, a mãe também relatou um episódio anterior, ocorrido cerca de um mês antes, em que presenciou a mesma professora pressionando as mãos sobre o tórax do filho, enquanto ele estava deitado no chão, como forma de contê-lo. Ao perceber a presença da mãe, a professora teria mudado de atitude. Jussara afirma que estava auxiliando a professora em sala de aula por falta de um auxiliar, e ao se ausentar brevemente para pedir ajuda, encontrou o filho gritando e a professora sobre ele.

Após conversar com a direção da Apae, Jussara registrou o boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Monte Aprazível no mesmo dia. A criança passou por atendimento médico na Santa Casa, onde foi constatado hematoma e hiperemia nas orelhas. A mãe relatou que o filho ficou agitado e teve febre por quatro dias e que, desde o incidente, não retornou à Apae.

Nesta segunda-feira (5), Jussara também formalizou uma denúncia junto ao Ministério Público de Monte Aprazível.

O delegado Valcir Passeti Junior informou que a Polícia Civil irá ouvir os funcionários da Apae que possam ter testemunhado os fatos. Ele afirmou que a mãe já prestou depoimento e que o inquérito tem um prazo de 30 dias para ser concluído.

O vice-presidente da Apae de Monte Aprazível, Stenio Augusto Vasques Baldin, informou que a entidade abriu uma sindicância interna para apurar o caso. Ele afirmou que a professora nega a agressão e que a Apae está colaborando com a Polícia Civil, aguardando o resultado das investigações. Baldin disse que não havia histórico de reclamações contra a profissional na Apae. A instituição também comunicou o Conselho Tutelar para acompanhar o caso e planeja instalar câmeras de monitoramento internas.

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