“Eu sempre fui diferente, sempre fui artista, desde menina. Sempre fui muito independente no meu pensamento”, disse a cantora.
Ao lado da jornalista Malu Verçosa, da TV Bahia, afiliada da Rede Globo, Daniela Mercury entrou de vez na discussão sobre os direitos dos homossexuais no brasil.
“Estou comunicando uma relação com uma mulher porque acho natural. E isso vem a reforçar essa liberdade de se ser como se quer e é a luta fundamental da comunidade de gays, lésbicas… eu não gosto dos rótulos, mas estou nessa luta política, sem dúvida: sempre estive”, disse Daniela.
Daniela Mercury está em Portugal participando de uma turnê internacional de alguns shows depois de uma pequena temporada de férias na Europa.
Fantástico: Você me pareceu muito feliz no seu show, no seu ensaio, exuberante, feliz. É um momento muito feliz da sua vida?
Daniela: Estou muito feliz. Eu sou uma mulher muito realizada, muito feliz. Eu sempre fiz o que quis.
A entrevista mal tinha começado e uma das filhas de Daniela de repente dá uma beijo na mãe.
Daniela: Te amo.
São cinco filhos:dois já adultos, do primeiro casamento e três ainda crianças, adotadas no segundo casamento, que terminou no início do ano.
Fantástico: Como é que foi a reação da sua família, dos seus filhos? Você sempre deu muita importância à família, filhos trabalham com você, te acompanham…
Daniela: Eles estão comigo sempre. Eles são acostumados à mãe que têm, foram educados pra liberdade. educados… não é pro respeito, é simplesmente ser natural na vida, entender as diferenças.
Daniela e Malu moram juntas há quatro meses.
Daniela: Nós só queremos formar nossas famílias. As pessoas só querem ter suas famílias, serem felizes. Isso, em vários países, é a coisa mais tranquila do mundo. Eu sou uma mulher que me dou o direito de ser como eu tenho vontade de ser. E se isso é importante pra mim, se eu estou apaixonada por uma mulher, por que não viver isso? Por que não me dar o direito de viver isso? Qual é a questão?
Ela sabe o que significa ter revelado o novo casamento bem no momento em que o deputado Marco Feliciano, do PSC, está sendo pressionado para deixar a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.
Daniela: Não foi por causa dele que eu fiz isso. Mas fiquei muito feliz de acontecer essa minha necessidade pessoal num momento que era necessário para o Brasil também que as pessoas tenham coragem de dizer quem elas são.
E divide com a mulher que ela chama de esposa a sensação de missão cumprida.
Daniela: Se não fosse a coragem dela também, e a compreensão de que isso era importante pra ela, eu não poderia fazer isso sozinha. É preciso que o casal tenha essa disposição. E olha que ela não suporta aparecer. (Fantástico)
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