O medo de amar pode ter muitas raízes, mas quase sempre é resultado de uma experiência negativa nos relacionamentos.
Muita gente vive um passado sombrio na sua área afetiva. Foram feridos por amores de mentirinha, que apareceram como se verdadeiros fossem e se fecharam para a vida com medo de novas decepções. As feridas de amores mal resolvidos realmente custam a sarar, mas ninguém consegue a realização na sua afetividade enquanto não encara seu passado de dor como uma oportunidade de amadurecimento.
Ninguém está isento de sofrer quando se decide a amar alguém. Alias, custa muito amar da maneira correta. As caricaturas de amor vistas por aí até podem sobreviver por um tempo, mas só o verdadeiro amor resiste ao calor das tensões, pois entende as fragilidades da pessoa amada e, mesmo assim, não desiste do ideal de amá-la.
O medo de amar pode ter muitas raízes, mas quase sempre é resultado de uma experiência negativa nos relacionamentos. Há quem se dedique com todas as suas forças para amar e fazer alguém feliz, e, mesmo assim, experimenta o peso da traição, ou seja, não recebe em troca o mesmo amor que doou para a outra pessoa. Depois da experiência negativa, a pessoa pode concluir que não vale a pena sofrer e se fecha para novos relacionamentos.
Precisamos entender que a vida não é estática. Cada dia é um presente novo que recebemos das mãos do Criador. Problemas passados não podem servir de empecilho para realizações futuras. Aliás, o sábio sempre cresce diante da dor, pois entende que seu projeto existencial não pode ser enterrado quando aparece a primeira dificuldade, já que viver é enfrentar os obstáculos de cabeça erguida, com a certeza da realização.
Se um relacionamento passado não deu certo, não significa dizer que os próximos também não darão. Cada pessoa é um mundo a ser descoberto, e Deus sempre é criativo quando se trata de colocar pessoas ao nosso redor. Esqueçamos ou ignoremos o que passou, pois só assim o novo ganhará importância em nosso coração e abrirá nossa visão para todas as oportunidades de amor verdadeiro que estão ao nosso alcance.
Quem compreende que amar é fazer o outro feliz, já começa em vantagem nesta grande empreitada. Diferente do que muitos dizem, não é proveitoso para ninguém viver só, já que a solidão é a principal amiga da infelicidade. Quem quer construir relacionamentos sadios e satisfatórios precisa cultivar o amor em tudo o que faz, pois estará plantando sementes em terrenos férteis, cujos frutos iluminam os olhos e alegram o coração.
Volte a acreditar no amor. Por vezes, parece muito mais vantagem fechar-se em nosso mundinho, aposentar o coração, jogar fora a chave dos relacionamentos. Mas a verdade é que ninguém consegue ser feliz sozinho. Enquanto teimamos na busca de pessoas perfeitas para só então nos relacionarmos, o mundo vai ficando mais pobre de pessoas que andam de braços dados e lutam pelo mesmo ideal: fazer o outro feliz.
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