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Caetano Veloso chega a ocupação do MTST no ABC após Justiça proibir show

Caetano Veloso chega a ocupação do MTST no ABC após Justiça proibir show
(Foto: Vivian Reis/G1)
O cantor Caetano Veloso chegou no início da noite desta segunda-feira (30) à ocupação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) no Bairro Planalto, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Um show dele estava marcado para ocorrer às 19h no local, mas a Justiça de São Paulo aceitou pedido do Ministério Público para impedir o evento. Caetano chegou pouco depois das 18h30 e foi acompanhado por pessoas que estavam na ocupação e por fotógrafos. O cantor Criollo também aparece no vídeo que mostra a chegada do cantor baiano. A produtora e empresária Paula Lavigne afirmou, após a chegada de Caetano, que a apresentação deverá ocorrer em outra ocasião. “Nao vai ser dessa vez, mas prometo que vai rolar”, disse. "A gente não está aqui para descumprir nenhuma ordem judicial, e o show será cancelado." A produtora e empresária Paula Lavigne afirmou, após a chegada de Caetano, que a apresentação deverá ocorrer em outra ocasião. “Nao vai ser dessa vez, mas prometo que vai rolar”, disse. "A gente não está aqui para descumprir nenhuma ordem judicial, e o show será cancelado." 
Decisão barra show: A decisão para barrar o show é da juíza Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara da Fazenda Pública de São Bernardo do Campo. Ela estabelece uma multa de R$ 500 mil caso não seja cumprida a decisão. "Fica deferida ordem policial, caso necessário", escreveu em sua decisão. No texto da decisão, a juíza diz que "trata-se de ação civil pública, onde o Ministério Público pede tutela provisória de urgência, para não realização de show artístico, que seria realizado em local que foi ocupado, e que está sub judice referida ocupação.” Ainda segundo o texto, a juíza considera que o “local que não possui estrutura a suportar show, mormente para artistas da envergadura de Caetano Veloso, um dos requeridos nesta ação.” “Seu brilhantismo [de Caetano] atrairá muitas pessoas para o local, o que certamente colocaria em risco estas mesmas, porque, como ressaltado, não há estrutura para shows, ainda mais, de artista tão querido pelo público, por interpretar canções lindíssimas, com voz inigualável", afirma a juíza na decisão. Coordenador nacional do Movimento, Guilherme Boulos defende que a medida é descabida e preconceituosa. O MTST ainda não foi notificado da decisão. "Primeiro, isso é um absurdo. Não se pode vetar dessa maneira uma apresentação cultural de solidariedade a um movimento social e a uma ocupação. É descabida essa decisão. Mostra até que ponto o judiciário brasileiro, ou parte dele, está tomada por um preconceito e por um ranço antipopular." Moradores vizinhos à ocupação também haviam protocolado na Prefeitura um pedido de providências em relação ao evento desta segunda-feira. No mês passado eles fizeram uma manifestação contra a ocupação.  
Prefeitura pede apoio da PM: Em nota, a Prefeitura de São Bernardo do Campo informou que tomará medidas para o cumprimento da ordem judicial que vetou a realização do show, “solicitando apoio da Polícia Militar”. A gestão municipal ainda alega que “o cantor Caetano Veloso poderá realizar o evento no município quando desejar, desde que cumpra a legislação municipal”.  
Ação da Guarda Civil: No início da tarde, agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) impediram a entrada de um gerador que seria usado no show. Integrantes do MTST afirmarm naquela ocasião que o show ocorreria mesmo que seja apenas com "voz, violão e megafone". 
Ação da Guarda Civil: No início da tarde, agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) impediram a entrada de um gerador que seria usado no show. Integrantes do MTST afirmarm naquela ocasião que o show ocorreria mesmo que seja apenas com "voz, violão e megafone". 
Pedido de reintegração de posse: Em 11 de dezembro, uma reunião vai definir a maneira como deverá ser feita a reintegração de posse do terreno ocupado pelo MTST no Bairro Planalto. O Movimento pede que o governo do estado desaproprie o terreno para que possa ser transformado em moradia popular. Os três desembargadores da 20ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo votaram, por unanimidade no último dia 2, manter a reintegração de posse do terreno ocupado desde 1º de setembro deste ano. A reintegração só deverá ocorrer após a reunião de dezembro, que vai ter representantes do MTST, do Judiciário, dos donos do terreno e agentes da segurança pública. No encontro, serão definidos transporte para a retirada das pessoas, inscrição de programas habitacionais e outras garantias para evitar conflito. (G1)
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