Medida foi tomada devido a greve dos caminhoneiros; ainda faltam 18,8 milhões de pessoas a serem vacinadas em todo o país
Da redação, com Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde anunciou a prorrogação da Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe até o dia 15 de junho. A recomendação foi adotada devido aos efeitos da paralisação dos caminhoneiros no transporte público e nos atendimentos de saúde. A campanha estava prevista para encerrar nesta sexta-feira, 1º de junho.
Segundo dados do Ministério, até o dia 28 de maio foram vacinadas 35,6 milhões de pessoas, o que equivale a 66% do grupo-prioritário. O Ministério da Saúde espera vacinar 54,4 milhões de pessoas, desse total ainda faltam 18,8 milhões a serem vacinadas em todo o país.
Após o fim da campanha, caso haja disponibilidade de vacinas nos estados e municípios, a vacinação poderá ser ampliada para crianças de cinco a nove anos de idade e adultos de 50 a 59 anos. O Ministério da Saúde reforça a importância dos estados e municípios continuarem a vacinar os grupos prioritários, em especial, crianças, gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, público com maior risco de complicações para a doença.
Devem receber a dose pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas –, funcionários do sistema prisional e pessoas com comorbidades. Dessas, 28,8 milhões são idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto).
O público com maior cobertura até o momento é de puérperas, com 78,1%, seguido pelos idosos (75,2%), professores (73,1%) e trabalhadores de saúde (71,6%). Entre os indígenas, a cobertura de vacinação ficou em 63,6% e gestantes 55,1%. O grupo com menor índice de vacinação foram as crianças, a cobertura é de apenas 49,7%.
A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
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