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 Os pais de um adolescente de 12 anos denunciaram à polícia que o filho deles sofreu agressões físicas e estupro coletivo praticado por outros alunos em uma escola pública do estado, localizada no Recife.O caso é investigado pela Polícia Civil .

Os agressores, segundo a família, iam atrás do adolescente dentro de sala de aula, nos horários de intervalo, já que o garoto começou a não sair por medo.

 

 “Eles entravam, jogavam ele no chão e espancavam ele ali, no chão, para ninguém ver. Chegaram ao ponto de levar ele para o banheiro, né? Aí, botaram arma na cara dele. E foi quando três deles seguraram ele e os outros cometeram o abuso”, relatou a mulher.

A família, traumatizada e com medo das ameaças, decidiu se mudar para outra cidade. “Acabou com a saúde mental, social, saúde. Acabou com a vida do meu filho. [...] Eles sabiam onde ele morava, eles ameaçavam toda a família, sabiam o nome da gente", disse a mãe.

O adolescente fez exame no Instituto de Medicina Legal (IML) após o registro do boletim de ocorrência. Em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os nomes do garoto e dos parentes não serão divulgados.

"Ele sempre foi um excelente aluno, todo mundo lá pode falar, ele sempre se cobrou muito. Ele é muito estudioso, alegre, brincalhão, divertido, muito comunicativo. E, agora, depois [do ocorrido], ele começou a se isolar, não queria ir para lugar nenhum. Não queria, estava sempre com dores de cabeça, triste”, contou a mãe.

A mudança de comportamento preocupava a família, mas o garoto não se abria. Até o momento em que ele resolveu desabafar com a avó e pedir ajuda, dizendo que iria morrer se voltasse para a escola .

“Quando a avó dele me contou, eu fiquei desesperada, né? Tentei conversar com ele. O que ele conseguia falar era tão pouco, ele entrava numa crise nervosa. Falava, ‘para, para, para. Eu não consigo, mãe, eu não consigo falar’", relatou.

Aos poucos, o adolescente conseguiu revelar mais do trauma que havia vivido na escola. "Pediam a ele dinheiro. Queriam dinheiro, a todo tempo dinheiro. E cada vez que ele chegava na escola, que ele não tinha conseguido dinheiro, ele apanhava”, disse a mãe.

Medo de ir para a escola
A mãe disse que pensou que as marcas no corpo do filho eram por causa dos treinos esportivos, já que o menino é atleta. Durante vários dias, o adolescente fingiu ir para a escola, mas faltou as aulas sem que a família soubesse.

Uma pessoa da escola ligou para saber o que estava acontecendo. Foi, então, que a mãe começou a achar que o filho estava em perigo e teria contado, por telefone, o que o adolescente havia dito sobre o medo de estudar lá.

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