A Polícia Civil do Rio abriu investigação para apurar a ocorrência de um estupro de uma adolescente que teria sido praticado por ao menos dois criminosos e divulgado nas redes sociais. Um deles, identificado apenas como Michel, postou no Twitter nesta terça-feira, 24, um vídeo que mostra uma jovem nua e desacordada. Na gravação, ele e outro rapaz exibem a moça e fazem comentários que indicam o estupro. Ela também prestou depoimento. "Acordei com 33 caras em cima de mim", disse a jovem após fazer exames na manhã desta quinta-feira, 26..
“Amassaram a mina, intendeu (sic) ou não intendeu (sic)? Kkkkkkkkkk”, escreveu o autor da postagem. A publicação gerou revolta nas redes sociais. Investigadores informaram que identificaram quatro dos agressores e o delegado deve pedir a prisão dos envolvidos. Após o caso bárbaro, mulheres lançaram um "gritaço" contra a naturalização do estupro.
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"Acordei com 33 caras em cima de mim", diz garota de 16 anos vítima de estupro Após caso bárbaro no Rio, mulheres lançam "gritaço" contra naturalização do estupro Estupro coletivo de garota no Rio causa revolta nas redes sociais Vídeo de estupro publicado na internet leva a investigação de abuso sexual coletivo Minas Gerais registra média de 12 crimes sexuais por dia nos últimos 12 meses
A postagem repercutiu no Twitter nesta quarta-feira, 25. “Ele dopou a garota e filmou ela (sic) após o estupro”, escreveu uma pessoa. “Embebedou uma garota a ponto de deixá-la inconsciente, estuprou e postou um vídeo se vangloriando do ato”, postou outro internauta. “O cara estupra, expõe e se gaba da atitude abominável. O que ele merece? Cadeia! Denunciem o Michel”, escreveu outra pessoa.
Após a repercussão, um dos rapazes que aparecem nas imagens apagou sua conta na rede social. Antes, porém, ele reclamou das críticas e ameaçou divulgar mais imagens da vítima. Pelo menos mais quatro rapazes compartilharam o vídeo - não se sabe se eles também participaram do estupro ou se limitaram a divulgar o vídeo -, o que também pode valer punição pela Justiça.
Apuração
O caso é investigado pelo delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que informou não poder dar detalhes a respeito da investigação, para não expor a vítima.
Ao longo da noite desta quarta, os perfis das quatro pessoas que até então haviam divulgado o vídeo foram alvo de críticas de outros internautas. Eles pedem que ninguém compartilhe as imagens e defendem punição aos envolvidos. Foram divulgados um perfil no Facebook e um número de telefone celular que pertenceriam a um dos autores do estupro
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