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Presidente do PT diz que TSE votaria pela cassação da chapa se Dilma estivesse no poder

Presidente do PT diz que TSE votaria pela cassação da chapa se Dilma estivesse no poder
Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado
A nova presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, afirmou que, caso a ex-presidente Dilma Rousseff ainda estivesse no cargo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassaria seu mandato. "O TSE não estava julgando Dilma, mas Temer, e usou todos instrumentos para mantê-lo no cargo. Se fosse Dilma, não teria dúvida nenhuma que a tirariam", afirmou em discurso na posse da nova direção paulista do PT neste sábado (10). A senadora, contudo, não mencionou que Dilma também foi beneficiada pela decisão, porque manteve a elegibilidade. Na mesma linha, o petista Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, afirmou que a decisão do TSE de absolver a chapa Dilma-Temer seria "outra" se o impeachment não tivesse ocorrido. "Não queria entrar no mérito da decisão do TSE, mas sem impeachment a decisão seria outra", disse. Segundo ele, a Justiça está julgando para manter um establishment e um projeto de poder e não de acordo com o Estado de Direito. "Não podemos deixar que continuem acontecendo julgamentos por projeto de poder. O que está em jogo não é julgamento de A, B ou C, é o futuro do nosso País", afirmou, dizendo que só o PT conseguiu reverter esse projeto de poder para o País ter período de prosperidade. Gleisi ainda disse que, se a Procuradoria Geral da República (PGR) acusar o presidente, provavelmente os deputados não vão aceitá-la. O governo precisará de pelo menos 172 votos na Câmara para barrar a esperada acusação do Ministério Público. "Ele fica dizendo que tem 200 deputados, mas quem está pensando no povo?", questionou. Por isso, Gleisi disse que o partido defende a convocação de eleições diretas. "Vamos ficar com um presidente que já está morto e as instituições em crise. Por isso, queremos Diretas Já. Só as eleições diretas vão tirar o País da crise", completou. Segundo ela, será convocado um comício dia 22 na Paraíba da frente suprapartidária pelas eleições diretas. "Temos de fazer comícios por todo o País. Não vamos aceitar eleições indiretas. Não aceitamos em 1985, quando era para tirar a ditadura, então não vamos aceitar agora que seria para dar continuidade ao golpe", disse. Gleisi disse ainda que o partido vai defender Lula da "caçada" contra ele e construir o caminho que o leve de volta a presidência. "Quando se faz uma pesquisa, a preferência é pelo partido dos trabalhadores e, para Presidência, é por Lula." O novo presidente do PT de São Paulo, o ex-prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, também afirmou que a decisão do TSE seria diferente caso Dilma ainda estivesse no poder. Ele ainda defendeu a volta de Lula ao poder, para acabar com o desemprego e defender direitos do povo, e disse que o partido precisa fazer autocrítica. "Não conseguimos fazer todas as reformas e nossos adversários usaram essas fragilidades para nos derrotar e fazer o golpe", disse. Marinho ainda criticou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital, João Doria, e disse que o PT tem condições de voltar ao poder no Estado e na cidade. 

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