Realizado entre os dias 26 e 28 de maio, o II Encontro estadual da JM reuniu, na diocese de Ilhéus, cerca de 80 jovens representantes de nove dioceses do estado
Com o objetivo de promover unidade das atividades de todos os grupos de Juventude Missionária (JM) no estado da Bahia e fortalecer a identidade das Pontifícias Obras Missionárias (POM), foi realizado entre os dias 26 e 28 de maio, o II Encontro estadual da JM. O evento reuniu, na cidade de Ubatã (BA), diocese de Ilhéus, cerca de 80 jovens representantes de nove dioceses do estado engajados no processo de formação integral do discipulado missionário da JM.
Em sintonia com a celebração de dez anos do Documento de Aparecida e o 4º Congresso Missionário Nacional (CMN), marcado para os dias 7 a 10 de setembro, o Encontro teve como tema: “Juventude Missionária, Testemunho e Profetismo”, e lema: “JM na Bahia caminhando e celebrando dez anos do Documento de Aparecida”.
Em seguida houve o momento de espiritualidade, a partir da Leitura Orante da Palavra, conduzido pelo secretário nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé, padre Badacer Neto com o texto bíblico (Jr 1, 4 – 10). A exemplo de Jesus peregrino, a hospedagem dos jovens foi nas casas de famílias da comunidade que se disponibilizaram previamente a acolhê-los.
O sábado começou com uma mística conduzida pelos cacique Pataxó Hã hã hãe, Fábio Titiá e jovem Rodrigo Rocha Titiá (Tawary), coordenador do grupo Txihi Xohã (Jovens Guerreiros). O ritual apresentado faz parte do cotidiano da aldeia utilizado para agradecer a natureza e a proteção a Deus.
As tendas temáticas versaram sobre Liturgia e Missão, Espiritualidade Missionária e Documento de Aparecida, a partir das dinâmicas das danças circulares. Os espaços receberam nomes homenageando referencias de testemunho e profetismo como papa Francisco, dom Helder Camara, Chico Mendes e Paulina Jaricot.
Amanda Oliveira, coordenadora da JM na arquidiocese de Vitória da Conquista, destacou as falas do papa Francisco: “A missão não se resume a fazer
visita, todas as experiências que ouvimos, percebemos que a missão é muito mais, ‘A missão é algo que não posso arrancar de mim sem me destruir, é uma forma de ser ”.
Fazendo memória da segunda Missão sem Fronteiras promovida pelas POM em janeiro deste ano, os jovens Thiago Plácido, de Vitória da Conquista e Marcos Vinicius, de Ilhéus, partilharam suas experiências vividas nos dez dias de missão no distrito de Itapebussu, cidade de Maranguape, no Ceará. Ambos destacaram a importância do despojamento para o encontro com Deus acontecer a partir do encontro com as pessoas.
O segundo bloco de tendas tratou sobre: Povos Indígenas, defesa dos direitos e Bem Viver; Juventude e diálogo inter-religioso; e Moçambique, desafios e alegrias da missão ad gentes.
Houve ainda um momento de Espiritualidade Missionária com orações pelos continentes recordando a universalidade na missão. A noite cultural comemorou os 300 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Ano Nacional Mariano que incluiu a apresentação do grupo musical As Marias, que com músicas de padre Zezinho e músicas populares.
Os membros do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Leste, partilharam com os jovens o trabalho junto aos povos indígenas no Sul da Bahia. “Não andamos na frente nem atrás dos povos indígenas, caminhamos ao lado, apoiando a vida e a defesa dos direitos dos povos”, afirmou Jenaro Alves missionário do Cimi. Como uma das propostas do encontro foi desconstruir a mentalidade colonizadora destacou-se a importância de perceber a manipulação do sistema, que utiliza da educação e da mídia.
A programação incluiu a partilha das experiências das tendas, e apresentação do novo projeto de cooperação missionária da JM do Brasil que contempla o envio de quatro jovens além-fronteiras no Haiti e em Moçambique. O encerramento e envio foi feito por um momento de mística na perspectiva da sinodalidade e Comunhão.
Padre Marcos Alcantra, membro do Conselho Missionário Regional (Comire) Nordeste 3 e coordenador do Conselho Missionário Diocesano (Comidi) de Ilhéus, sublinhou a participação de todos na missão de Deus, e lembrou: “ou a Igreja é missionária ou não é igreja. Os grupos animados pelas POM estão ai para lembrar e animar a comunidade. Esse encontro deixou claro que devemos nos comprometer com as causas do Evangelho”, disse o padre.
O articulador estadual da JM, Daniel Bittencourt, avalia que o encontro foi mais um passo no processo de amadurecimento da JM da Bahia, “O Documento de Aparecida nos dá a direção para vivenciar a missão de forma contextual. Foi muito bonito ver a JM vivenciando as partilhas que colaboram para a formação integral da juventude e com o discipulado missionário ”.
Com informações da JM na Bahia.
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