Neste fim de semana, oito ararinhas-azuis foram soltas em Curaçá, no sertão baiano.
Nascidas em viveiros, as aves passaram por um treinamento de dois anos para esse grande momento de vida livre! A espécie chegou a ser considerada extinta da natureza há 22 anos.
A soltura delas é uma das etapas do Plano de ação Ararinha-Azul, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), em parceria com a ONG ACTP e instituições privadas que apoiaram o projeto.
“Se elas vão sair, fica por conta delas. O recinto vai ficar aberto o dia todo e elas vão poder sair e voltar, sendo um processo chamado de soltura branda. Pela noite, o lugar fica fechado, porque a gente não quer que entre nenhum predador”, explicou Camile Lugarini, coordenadora do projeto.
As ararinhas
As aves soltas foram cinco fêmeas e três machos que nasceram e foram criadas em um viveiro mantido pela ONG alemã Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP), especializada em cuidar de papagaios ameaçados.
Os pesquisadores vão acompanhar a adaptação das ararinhas em vida livre por meio de um rádio colar que foi instalado em todas que foram soltas.
Além disso, vai ser feito o monitoramento constante da área em que elas devem circular, que tem muitas árvores caraibeiras, as preferidas das ararinhas-azuis para dormir.
Companhia das maracanãs
Junto com as ararinhas, foram soltas oito araras maracanãs que serão uma espécie de “professoras” para as jovenzinhas ararinhas-azuis se adaptarem à natureza.
As maracanãs (Primolius maracana) são aves parecidas com as ararinhas-azuis em termos ecológicos, em relação aos locais de criação de seus ninhos, ou ainda os seus hábitos alimentares e comportamentais.
“As duas espécies são tão semelhantes que o último macho das ararinhas-azuis conhecido na natureza formou par com uma maracanã”, escreveu Icmbio em publicação.
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