Integrantes da pré-campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) estão recomendando ao chefe do Executivo que evite ataques às urnas eletrônicas e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O núcleo político da campanha, liderado pelo senador Flávio Bolsonaro e pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tem avisado ao presidente que essa postura contra o sistema eleitoral pode enfraquecer a candidatura.
Pesquisas do núcleo de marketing da campanha apontaram que o eleitor tem classificado o comportamento de Bolsonaro como de um “provável perdedor”, ou seja, suas brigas com o TSE estão sendo vistas por parte do eleitorado como um “discurso de derrotado”.
Segundo a coluna de Carla Araújo, do Uol, a avaliação é de que os ataques de Bolsonaro agradam apenas os chamados “convertidos”, mas “assustam os indecisos”.
A orientação é para que o presidente aposte em uma agenda positiva, exaltando feitos do governo e reforce falas a respeito dos programas, como o Auxílio Brasil, por exemplo.
Os levantamentos que estão sendo feitos pelo PL também apontam que o programa social de transferência de renda ainda é muito associado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Justamente por isso, os auxiliares têm pedido que Bolsonaro reforce sempre que possível o fato de o governo ter conseguido aumentar o valor do benefício para R$ 400.
Falas que atrapalham a economia
Além de parecer discurso de derrotado, Bolsonaro foi alertado sobre o impacto de suas falas também na questão econômica.
Os discursos raivosos do presidente, segundo avaliam integrantes da campanha, acabam afastando potenciais investidores, que ficam inseguros com a situação política do país.
A campanha apontou ainda que Bolsonaro já tem sofrido desgaste com a questão do preço dos combustíveis e da inflação. Esse é mais um argumento que tem sido usado para que o presidente foque em ações econômicas e não perca tempo em brigas com a Justiça.
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