Dois homens foram denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por supostamente matar e queimar uma pessoa em situação de rua em São Cristóvão do Sul (SC) no mês passado. Eles respondem por homicídio triplamente qualificado, destruição de cadáver e fraude processual. Ambos estão presos preventivamente e serão julgados pelo Tribunal do Júri.
Segundo as investigações, o empresário Edilson Peter, de 41 anos, planejou forjar a própria morte para benefício pessoal e contou com a ajuda de um cúmplice, de 38 anos, para atrair a vítima sob o pretexto de oferecer comida. A pessoa em situação de rua foi morta e queimada dentro da caminhonete de Peter, encontrada às margens da BR-470 em 15 de fevereiro.
Inicialmente, acreditou-se que o corpo carbonizado era do empresário, mas as investigações revelaram a trama. A denúncia foi oferecida pelo promotor Renato Maia de Faria, da 3ª Promotoria de Curitibanos, com base nas provas coletadas pela Polícia Civil.
Nos 14 dias entre o crime e a prisão, os réus fabricaram provas para desviar as investigações, incluindo mensagens ameaçadoras a familiares e o uso de nomes falsos. A ousadia chegou ao extremo quando Peter permitiu que um dedo de sua mão esquerda fosse amputado para simular sequestro e tortura, criando um “enredo artificial” para confundir as autoridades. A cena foi filmada e compartilhada pelos próprios acusados.
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