Nas quatro propagandas que o PSDB exibirá ao longo deste sábado (7) na TV, o partido criticará a presidente Dilma Rousseff pelas mudanças no acesso a direitos trabalhistas anunciados ainda no ano passado e pelo aumento na conta de luz. Em inserções de 30 segundos, a legenda afirmará que, na campanha eleitoral do ano passado, a então candidata do PT à Presidência "falou uma coisa e fez outra".
O partido disponibilizou na internet o conteúdo de cada vídeo que será exibido ao longo do dia nas emissoras de TV. O presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves (MG), não aparece nas gravações.
"Nada pior do que uma pessoa falar uma coisa e fazer outra. Principalmente se essa pessoa for a presidente da República. A presidente disse que não ia aumentar impostos, aumentou. Disse que não ia aumentar os juros e que tinha diminuído a conta de luz, aumentou. Disse que não ia mexer nos direitos do trabalhador, mexeu. A presidente disse uma coisa e fez outra e agora quer que os brasileiros paguem a conta. O Brasil merece a verdade", afirmará o PSDB.
Nos vídeos, os apresentadores iniciam suas falas com promessas feitas pela presidente Dilma na campanha do ano passado. Em seguida, eles mostram imagens do período eleitoral com falas da presidente sobre assuntos como direitos trabalhistas, inflação e preço da conta de luz.
Com destaque para a frase "o Brasil merece saber a verdade" nas quatro inserções, o partido afirmará que, com as mudanças no acesso aos direitos trabalhistas, o governo "prejudicou" a vida de milhões de brasileiros e com o aumento na conta de luz, levou "insegurança" às famílias.
"Depois da eleição, o Brasil viveu em janeiro a maior inflação mensal dos últimos 12 anos, provocando uma onda de aumentos no custo de vida dos brasileiros. Os brasileiros merecem saber a verdade", destacará o partido.
Governo se defende
Em evento no Rio Grande do Sul na semana passada, onde inaugurou um parque eólico, Dilma afirmou que o aumento na conta de luz é "passageiro" e se dá em razão da seca histórica que atinge vários estados, principalmente da região Sudeste. "Isso não significa que nós vamos ter qualquer problema sério ou mais sério na área de energia elétrica", ressaltou.
Escalados para defender as medidas de ajuste que o governo tem adotado nos últimos meses, ministros como Pepe Vargas (Relações Institucionais), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) e Carlos Gabas (Previdência) têm destacado que as mudanças no acesso a benefícios trabalhistas servem para "corrigir eventuais distorções"
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