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Aluna não contribui com "vaquinha" para ar-condicionado da escola e é chamada de "pobre"

Foto: Arquivo Pessoal
Uma estudante de 16 anos denunciou a Escola Estadual Fernando de Azevedo, onde estuda, em São Paulo, após uma polêmica envolvendo a compra de aparelhos de ar-condicionado através de uma "vaquinha".
De acordo com Thais Helena Modesto de Carvalho, de 16 anos,  no último dia 5 de março ela foi levada por uma sala com ar-condicionado, mesmo não tendo contribuído com a suposta arrecadação promovida pela escola.
Durante o intervalo entre as aulas, uma colega de sala a teria chamado de "pobre" por ela não ter colaborado com a compra dos equipamentos. Sentindo-se constrangida, a adolescente e a mãe foram ao 5º Distrito Policial (DP) de Santos e registraram um Boletim de Ocorrência.
Para a mãe da estudante, Silvia Cristina Modesto, de 41 anos, a briga entre os alunos poderia ter sido evitada, caso algumas pessoas não fossem expostas. "A escola havia informado que instalaria ar-condicionado nas salas, e quem não colaborasse com R$ 50 ficaria em um local sem o equipamento. Eu não tenho nada contra a escola querer dar conforto aos alunos, mas a abordagem me pareceu errada, pois ter acesso ao ar é um direito nosso", explica.
Desde a última quinta-feira (12), a jovem não comparece à unidade. Depois da repercussão do caso, outra aluna da unidade afirmou que quando repassaram a rifa não informaram sobre a obrigatoriedade do pagamento, mas que no fim do ano, a escola solicitou a devolução da rifa para a realização da rematrícula.
De acordo com a diretora da escola, Rosete Itagyba, de 60 anos, nenhum aluno foi obrigado a fazer o pagamento. "Desde 2013, nós estamos com a ideia de instalar aparelhos de ar-condicionado nas salas. Nós pedimos doações aos alunos de até R$ 50. Ninguém foi obrigado ou forçado a nada, e os aparelhos não são da escola, são da Associação de Pais e Mestres (APM) da unidade", afirma.
Segundo ela, a instalação dos equipamentos foi feita de forma voluntária e os gastos com a energia foram contabilizados com antecedência e foram autorizados pela Secretaria de Estadual da Educação de São Paulo.
Em nota, a secretaria informa que, após a confusão, uma equipe de supervisores foi designada para verificar a situação e atender todos os alunos que necessitarem de esclarecimentos, incluindo as alunas e seus responsáveis que denunciaram o caso.
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