Um homem de 30 anos foi preso preventivamente, nessa quinta-feira (16), pelo crime de pornografia infantil cometido em 2014 contra dois adolescentes de 13 e 17 anos em Teresina. Segundo delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), Daniel Pires, ele obrigava os jovens a praticarem sexo e filmava sem o consentimento deles, divulgando depois o material.
O homem, natural do Maranhão, veio a Teresina em 2014 passar uma temporada na casa de uma irmã para procurar emprego e quando os moradores da residência saiam, segundo o delegado, ele se reunia com os adolescentes para mostrar vídeos, fotos e incentivar a prática sexual.
"Ele estimulava a jovem, na época com 13 anos, a tocar a área genital e realizar sexo oral no outro adolescente. Enquanto isso acontecia, ele captava as imagens com um dispositivo eletrônico para posteriormente disponibilizar para outras pessoas", explicou o delegado ao G1.
Segundo o delegado, a filmagem foi feita de longe e os jovens não sabiam que estavam sendo filmados. Depois da gravação, ele disponibilizou as imagens através de Bluetooth e pela internet.
O crime está previsto no artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que proíbe "oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meios de sistema de informática ou telemática, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfico envolvendo criança ou adolescente”.
O delegado explicou porque a prisão só aconteceu três anos após o crime. "A autoria já estava predeterminada, o fato aconteceu em Teresina, mas o acusado se mudou para Brejo [MA] para fugir do domicílio da culpa, impossibilitando a presença durante as investigações", explicou.
Assim sendo, o delegado disse que o juiz decretou a prisão preventiva para que ele responda o processo em regime fechado.
O homem foi para a Central de flagrantes de Teresina e será conduzido à Casa de Custódia. Em sua defesa, de acordo com o delegado, o homem afirmou que as cenas foram filmadas do seu celular mas ele nega ter sido o autor, atribuindo a culpa a outra pessoa.
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