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Feliz dia dos insensatos, inquietos, angustiados, criativos. Feliz dia dos silenciosos, dos choros contidos, dos olhares secos e nós na garganta. Feliz dia da palavra, do corpo expresso, da vida urgente, da infelicidade que quer arder no passado e deixar de ser presente. Feliz dia das ambivalências, das incoerências, dos encontros com nossos avessos. Feliz dia da conversa estranha que não é conversa de amigo, que é um tipo de amor e que se paga, que transforma e pode libertar. Feliz dia da família, do casal, do grupo, da comunidade, do hospital, da escola, da empresa e de qualquer lugar do mundo. Feliz dia do divã, dos olhos nos olhos, da distância ótima e do abraço necessário. Feliz dia do psicanalista, do behaviorista, do cognitivista, do sistêmico, do humanista, do psicodramatista. Feliz dia daquele que não tem linha, porque não quer se ver amarrado. Feliz dia do segredo ético, da beleza que nasce da confiança e tem na entrega o seu maior legado.

Feliz dia das pessoas que buscam ampliar as perguntas sobre suas existências, e que fazem de todos nós, psicólogos, realizados por podermos continuar existindo. Nosso ofício é uma ação política de empoderamento das vozes que se emudeceram, dos cantos das almas enrouquecidas. A felicidade que precisamos celebrar, hoje, é deste encontro poder acontecer, porque ele é um tanto da beleza existente em nossas vidas.
Aos que insistem em suas perguntas aparentemente sem sentido, meus parabéns. Aos que acolhem as dúvidas de tantos, minhas colegas e meus colegas tão queridos e admiráveis, minha reverência eterna.
Sigamos, todos, na direção da realização daquilo que ainda não pode ser nomeado, expresso, vivido. Juntos, construímos um mundo (infelizmente) (ainda) estranho, de gente diferente que tem todo o direito de existir, ser vista e aplaudida em todas as suas cores.
Feliz Dia do Psicólogo!

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