A presidente reeleita, Dilma Rousseff (PT), deve definir nesta quarta-feira (17) qual ministério o governador Jaques Wagner deve assumir. Os dois estarão juntos antes da posse, amanhã, às 19 horas. O petista deve assumir uma pasta importante e também participar da articulação política no próximo governo, ao lado de figuras como o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, com quem Wagner nega disputa de poder nos bastidores, e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, cuja pasta teria sido recusada pelo governador.
Ao lado do marqueteiro João Santana, os dois ministros são considerados muito próximos a Dilma. “A única coisa que eu sei é que eu devo estar na coordenação politica do governo, mas é uma missão a mais. Em que ministério eu vou estar não sei, ela ainda não me convocou, não me designou”, declarou Wagner durante o evento de diplomação dos deputados e do governador eleito, Rui Costa (PT).
Questionado sobre a sua participação no núcleo duro do governo, Wagner minimizou. “Não gosto desse termo, núcleo duro, prefiro núcleo flexível do governo”, declarou o petista de perfil conciliador. Wagner é conhecido pela maneira republicana de lidar com aliados e também com adversários e esse comportamento é um dos trunfos da presidente para que ele assuma o Ministério das Comunicações.
Suas duas vitórias em primeiro turno e a eleição de Rui Costa, também na primeira fase do pleito cacifam o governador para assumir uma pasta importante. “Eu sei que é na Esplanada dos Ministérios, só não sei em que prédio”, declarou. “O tempo é dela não é meu”, minimizou o governador, que disse não ter preferência por ministério. “A gente não escolhe ministério a gente é convocado. Vou aguardar a convocação dela para ajuda-la a governar“.
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