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Marcos & Belutti duvidaram do potencial da faixa no início; ouça 1ª versão.
Autor vendia jingles a R$ 50 e família de cantor passou fome; veja histórias.

Rodrigo OrtegaDo G1, em São Paulo
Marcos & Belutti gravaram a música mais tocada nas rádios do Brasil em 2014, 'Domingo de manhã' (Foto: Divulgação / Fernando Hiro)Marcos & Belutti gravaram a música mais tocada nas rádios do Brasil em 2014, 'Domingo de manhã' (Foto: Divulgação / Fernando Hiro)
"Domingo de manhã", com Marcos & Belutti, foi a música mais tocada nas rádios do Brasil em 2014, segundo relatório da empresa de monitoramento Crowley (clique para ver a letra e ouvir a música). A faixa da dupla paulista superou "Cê topa", de Luan Santana (2º) e "Os 10 mandamentos do amor", de Eduardo Costa (3º). O levantamento foi feito do dia 1º de janeiro até 28 de novembro.Veja o top 10 das rádios do Brasil em 2014 no final do texto.
Dupla hesitou em gravar
"Domingo de manhã" foi composta pelo baiano Bruno Caliman. São dele hits sertanejos como "Camaro amarelo" (Munhoz & Mariano) e "Te esperando" (Luan Santana). "Em 'Domingo de manhã', quis uma letra que a pessoa pudesse falar naturalmente por telefone, algo intimista. Na versão que mandei voz e violão para os meninos conhecerem, até simulo uma voz de sono", conta Bruno. Ouça ao lado a versão original.
Na música sobre o namorado que "perturba" a amada logo cedo ao telefone, o objetivo era desligar os clichês. "É uma canção de amor sem o verbo amar", ressalta Bruno. Os versos excêntricos que citam "módulo lunar" e "hotel mil estrelas em Dubai" não agradaram de cara. "Tomamos um susto", diz Marcos. "Pensei: 'Será que as pessoas vão cantar?' Tinha medo dessas partes diferentes". Quem os convenceu foi Sorocaba, cantor e empresário de Marcos & Belutti. "Essa música vai ser um divisor de águas na vida de vocês", profetizou Sorocaba.
compositor (Foto: compositor)
Trabalho duro até 'Domingo'
Tanto o autor da música quanto os intérpretes trabalharam duro antes do alento no "Domingo de manhã". Bruno Caliman, 38, nasceu em Itamaraju, cidade baiana aos pés do Monte Pascoal. Ele começou a ganhar a vida viajando para vender jingles a lojas no interior. "Eu ia de cidade em cidade com o violão. Chegava em mercados, farmácias, fazia os jingles e mostrava para o gerente. Se gostassem, eu gravava uma fita cassete e me davam R$ 50 ou R$ 100", lembra. Aos poucos conheceu figuras do sertanejo como Sorocaba e virou parceiro.
 
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