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Leo Aversa/Divulgação

A repercussão que o trabalho do rapper paulistano Criolo teve nos últimos anos fez com que o artista fosse convidado a dividir o palco com Ivete Sangalo, estrela da axé music, em um projeto em homenagem a Tim Maia que rodará o país neste 2015. Afinal, o que significa a ascensão de Criolo? Ele, que já cantou com Caetano Veloso, compôs com Milton Nascimento e foi gravado por Ney Matogrosso, atingiu um status que poucos imaginariam para um artista que nasceu no rap. O gênero saiu definitivamente de seu ambiente de origem e ampliou seu público ou Criolo, Emicida, Marcelo D2 e Gabriel O Pensador, para citar alguns dos artistas mais representativos, são casos isolados neste cenário?

A paulistana Yzalú, de 32 anos, tem incrementado seu rap com diversos elementos sonoros, inclusive o violão, um dos maiores símbolo da música popular brasileira. Para ela, a mudança no contexto musical não significa, necessariamente, em uma perda de raiz ou identidade. Pelo contrário: ela acredita que uma ampliação da linguagem se faz necessária, de forma a se atingir outros públicos e multiplicar o diálogo. “Esse é um dos motivos pelos quais o Criolo, por exemplo, formou uma plateia diferente daquela do rap tradicional”, observa ela. “Não é uma metamorfose, é uma extensão”.
 
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