Foto Manu Dias / AGECOM
A vacina contra zika que está em fase de testes no Instituto Evandro Chagas, no Pará, deverá ser testada em humanos em 2018, após ter apresentado resultados promissores em camundongos e primatas. O anúncio foi realizado durante a XIX Jornada Nacional de Imunizações, evento que ocorreu em São Paulo nesta sexta-feira (11). O estudo está sendo desenvolvido em parceria com a Universidade do Texas e com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde no Brasil. “As iniciativas com a vacina de zika estão andando mais rápido porque não foram identificados outros sorotipos do vírus, como é na dengue. Com isso, a complexidade é menor”, afirmou Consuelo Oliveira, pesquisadora clínica do Instituto Evandro Chagas. No estudo em camundongos, foram 46 cobaias testadas. Os camundongos que receberam o imunizante, metade do total, apresentaram anticorpos contra o vírus zika. Após o acasalamento das fêmeas, o vírus da zika não chegou até a placenta. “O que foi interessante é que, nas cobaias não vacinadas, vimos que o vírus fez o mesmo percurso observado em humanos. A placenta com déficit de nutrição, os bebês nascendo pequenos, as malformações...”, explica Consuelo. No mundo são cerca de 41 iniciativas que buscam produzir uma vacina contra a zika. No Brasil, o Instituto Butantan faz análises de uma vacina que seria utilizada contra todos os sorotipos da dengue e contra o vírus zika.
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