O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não vê possibilidade de racionamento de energia elétrica ou apagão em 2022. O motivo é que o nível das usinas hidrelétricas está em processo de recuperação com chuvas mais regulares e medidas do governo para preservar água nos reservatórios.
A informação foi confirmada pelo diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, em coletiva na qual fez um balanço da atividade do órgão federal em 2021 e projeções para o ano que vem.
É previsto que os reservatórios brasileiros atinjam capacidade média de 58% a 62,1% em maio de 2022, ao final do período úmido, nível mais confortável após a pior seca em mais de 90 anos ocorrida em 2021.
Ciocchi estimou ainda que o nível de reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, principal área das hidrelétricas do país, deve atingir entre 55,9% e 58,9% em maio de 2022, um salto ante a projeção para o final de dezembro, de 22,6%.
No entanto, segundo o ONS, a expansão da oferta de energia e o aumento do nível dos reservatórios não significarão o fim do uso das usinas termelétricas, responsáveis por gerar energia mais cara. Visto que há uma orientação legal para recomposição dos reservatórios das hidrelétricas ao longo dos próximos três anos, o que só pode ser feito pelo regime de chuvas e por economia de energia oriunda desta fonte. Para isto, são acionadas gerações complementares da matriz, como a térmica.
Com a chegada das chuvas, o ONS pode reduzir térmicas e optar por despachos mais eficientes do ponto de vista financeiro. Contudo, a projeção de despacho térmico para janeiro e fevereiro deve se manter por volta de 15 mil megawatts, limite já definido para dezembro de 2021.
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