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 O site bolsonaro.com.br, que viralizou ao trazer conteúdo crítico ao presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), saiu do ar na manhã desta quinta-feira (1º). Por volta de 11h30, quem tentava acessar a página encontrava o aviso de que "não foi possível encontrar o endereço IP do servidor de bolsonaro.com.br."



Até a última atualização desta reportagem, não havia confirmação sobre o motivo da retirada da página. Na quarta-feira (31), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, mandou a Polícia Federal abrir uma investigação sobre o site.

A página, que no passado trazia conteúdo elogioso e de apoio ao presidente, passou a reunir material crítico. A alteração no tom ocorreu após uma mudança no responsável pelo domínio do site na internet.

Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI), o atual dono do domínio é Gabriel Baggio Thomaz. Ele obteve o comando do site em 25 de janeiro deste ano, e tem até 25 de janeiro de 2023. A última alteração foi feita no último dia 11 de agosto.

O g1 entrou em contato com Gabriel por e-mail, mas ele não deu detalhes sobre a situação, na quarta. Uma nova tentativa de contato foi feita nesta quinta. O responsável anterior pelo domínio não foi identificado pela reportagem.

A alteração no conteúdo do site viralizou nas redes sociais nesta quarta. A nova versão da página se descrevia como "uma galeria de arte digital" . O site reunia críticas a falas e comportamentos do presidente ao longo da carreira política.

No entanto, registros recuperados na internet mostram que, pelo menos até 14 de abril de 2021, o site trazia conteúdos de apoio ao presidente.

Investigação
O ministro Anderson Torres anunciou a abertura da investigação contra a página em uma rede social.

"Diante de tamanho ataque direto e grosseiro ao presidente Jair Bolsonaro, por meio de um site, requisitei ao Diretor-Geral da PF a instauração imediata de inquérito policial, para a devida apuração dos fatos", escreveu.

O ministro da Justiça também publicou a imagem do documento enviado ao diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira. No ofício, Torres diz que as publicações no site "configuram, em tese, crime contra a honra do Senhor Presidente da República".

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