O Ministério da Saúde confirmou a notificação de um caso suspeito de gripe aviária em humano, em Vitória. O paciente é um homem de 61 anos de idade, funcionário de um parque onde foi encontrada uma ave com resultado positivo para a doença. Ele apresenta sintomas gripais leves, e conforme protocolo de vigilância sanitária está em isolamento e é monitorado por equipes de saúde do município.
Em nota, a pasta informou que amostras do paciente suspeito e de
outras 32 pessoas que também trabalham no parque estão em análise no
Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo. Após o processo,
as amostras, de acordo com o ministério, serão enviadas para a Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz), laboratório de referência para o estado.
“É importante ressaltar que não foram registrados casos confirmados
de influenza aviária A (H5N1) em humanos no Brasil. A transmissão da
doença ocorre por meio de contato com aves doentes, vivas ou mortas. De
acordo com o que foi observado no mundo, o vírus não infecta humanos com
facilidade e, quando isso ocorre, geralmente a transmissão de pessoa
para pessoa não é sustentada”, destacou a pasta.
Casos em aves
Na segunda-feira (15), o Ministério da Agricultura e Pecuária
confirmou a detecção dos primeiros casos do vírus da influenza aviária
em três aves silvestres no litoral do Espírito Santo. Foram resgatadas
duas aves marinhas da espécie Thalasseus acuflavidus
(Trinta-réis-de-bando), uma no município de Marataízes e outra no bairro
Jardim Camburi, em Vitória, ambas no litoral do Espírito Santo.
Foi confirmada também a detecção do vírus em uma terceira ave
migratória da espécie Sula leucogaster (atobá-pardo) que já se
encontrava no Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos
de Cariacica (Ipram), no Espírito Santo.
“A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma
doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves
silvestres e domésticas. Atualmente o mundo vivencia a maior pandemia de
influenza aviária de alta patogenicidade e a maioria dos casos está
relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves de
subsistência, de produção ou aves silvestres locais”, informou o
ministério.
Ainda de acordo com a pasta, a depender da evolução das
investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas sanitárias
poderão ser adotadas pelo governo federal e pelos órgãos estaduais de
sanidade agropecuária para evitar a disseminação do vírus e proteger a
avicultura nacional.
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