Um crime hediondo chocou a cidade de Ilhéus na noite da última quarta-feira, 24, no sul da Bahia. Por volta das 21:30, a guarnição da Polícia Militar foi informada de uma situação de homicídio. Edson Pereira dos Santos, um jovem maqueiro do Hospital Regional Costa do Cacau, foi vítima de um assassinato brutal, cometido com tiros e facadas. A motivação para o crime ainda está sendo investigada, mas tudo indica que a vítima foi confundida com um membro de uma organização criminosa.
O crime ocorreu no Condomínio Rio Cachoeira. localizado às margens da BR-415 na Ilhéus-Itabuna, onde Edson foi até o local em um carro de frete para buscar um presente, um sofá. Segundo informações, ele estava acompanhado de um amigo no momento do ocorrido. No entanto, Edson foi arrancado do veículo pelos criminosos, enquanto seu amigo foi liberado logo em seguida.
O grupo, composto por três indivíduos, dois adolescentes e um jovem identificado como Everton Mota Gonçalves, levou a vítima para uma área de mata, onde submeteram Edson ao chamado "tribunal do crime". Durante o período de terror que Edson enfrentou, os criminosos desbloquearam o celular da vítima e encontraram fotos que sugeriam uma suposta ligação com uma organização criminosa local. Essas fotos não indicavam nenhum envolvimento direto de Edson com atividades ilícitas, mas isso não impediu que os criminosos prosseguissem com os atos de violência.
Edson foi torturado, recebendo várias facadas e sendo alvo de tiros. Segundo relatos, seu cabelo foi cortado e colocado sobre o peito, enquanto seu pescoço também sofreu agressões. Durante todo o episódio de terror, os criminosos mantiveram contato com uma pessoa que, acredita-se, autorizou o "tribunal do crime".
Após a sessão de tortura, Edson foi cruelmente assassinado. O corpo da vítima foi ocultado no matagal, e a polícia iniciou uma intensa busca pelo paradeiro e pelos responsáveis pelo crime. Everton Mota Gonçalves, conhecido como "TZ", foi localizado pelas autoridades no mesmo condomínio onde o crime ocorreu. Ele confessou sua participação no assassinato e indicou a localização do corpo de Edson. O suspeito foi apresentado na delegacia, onde foi lavrado o flagrante.
A polícia também apreendeu outro adolescente, um dos participantes do crime. O jovem foi localizado em um condomínio próximo ao hospital, região onde o homicídio ocorreu. Ele foi conduzido à delegacia da cidade de Ilhéus para prestar depoimento. Esse adolescente foi apontado como um dos autores, inclusive responsável por desferir a primeira facada na vítima, como mencionado anteriormente.
As investigações continuam em andamento para localizar o último suspeito que ainda está foragido. O comandante da 70ª Companhia Independente da Polícia Militar, Major Leonardo Alvaro, responsável pelo caso, afirmou que, em seus dois anos de atuação na unidade, nunca havia presenciado um caso tão brutal de "tribunal do crime" na região, especialmente contra uma vítima sem envolvimento aparente com atividades ilícitas.
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