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 Seu Antônio José de Jesus é um benzedeiro brasileiro que fez 111 anos e comemorou com uma grande festa, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, cercado por amigos e familiares.


Ele revelou o segredo de tanta vitalidade nessa idade: “Amor pela vida e parar de beber cachaça, esse que é o segredo. Parei faz uns dez anos, mas é o segredo, tá?”, brincou.


Seu Antônio foi perguntado sobre o que viu de melhor e de pior nessa vida: “O que eu já vi de melhor nessa vida? Não posso contar, é melhor. E o que de mais ruim? A maldade, mas essa eu tirava das pessoas”, afirmou.


“Missão” de benzer


Seu Antônio ficou conhecido onde mora por ser benzedeiro, habilidade que aprendeu com a avó, descendente de escravos que viveu em Sergipe.


Ele começou a aprender a benzer por curiosidade infantil. “Se tinha alguma amarração, minha avó colocava a mão e já resolvia. Eu ficava vendo ela fazendo aquilo com as crianças, ajudando, e aprendi”, disse.


Mais do que aprender, ele revela que transmitiu conhecimento para muita gente: “Passei isso para outras pessoas já”.



Sorridente, ele conta que ganhou da vida o fato de ter nascido no Dia do Santo que tem o nome dele e a missão de benzer.


Saúde e longevidade


Seu Antônio e a família não sabem explicar de onde vem tanta saúde e longevidade. Mas buscam nos costumes dele uma resposta.


O benzedeiro segue fazendo as coisas que mais ama: benzer, conversar com as pessoas, cuidar das atividades do dia a dia. Não toma remédio, mas fuma seu cigarrinho.


Ele jura que o amor resolve tudo e diz que abandonar a cachacinha, que adorava, ajudou a chegar aos 111 anos


Cheio de graça


Ao saber que a história da vida dele iria para imprensa, Seu Antônio fez graça.


“Mas por que estão fazendo tanta foto? Vão mandar para o Rio, para Paris?”, questionou.


Com orgulho, o idoso centenário contou que, quando jovem trabalhou em engenho de cana-de-açúcar e era chamado para “resolver” problemas.


“Às vezes, se tinha alguma coisa que parava de funcionar, já me chamavam. Eu dava uma olhada e sabia na hora arrumar, mesmo sendo mais novo que todo mundo”, afirmou o idoso.

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