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De pé, no aeroporto, em frente à minha mulher, sentada na sala de espera, estava sentado, ao lado dela, um homem que, embora entendendo que somos casados, e podendo ocupar outros lugares vagos, deixou-me em pé como se eu nem estivesse ali. Pensei: quanta indiferença! Essa foi minha primeira impressão sobre ele. Pensei também na educação que recebi, no fato de eu viver num mundo "coisificado", na pressão exigente que sofremos para que nos centremos em nós mesmos, numa possível ausência de experiência de afeto em família, num desinteresse egoísta acerca daquilo que envolve a vida dos outros e numa real e contínua experiência com Deus. Refleti sobre o modo como eu posso me tornar alguém tristemente indiferente. Pensei em você e nos riscos que corre sem perceber, na noção que você tem sobre quem você está decidindo se tornar, mas também não percebe. Rezei por você! Com carinho e orações, Seu irmão, Ricardo Sá |
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