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Em nota, igreja afirma não aprovar união homoafetiva por meios teólogicos.
Dom Fernando Pugliese vai conceder bênção nupcial a dois homens em AL.

Derek Gustavo
Otávio (Foto: Alzir Lima)Allan Rocha (à esq.) e Otávio Oliveira optaram por
casamento tradicional (Foto: Alzir Lima)
A Igreja Católica Apostólica Brasileira se manifestou através de um nota emitida ao G1sobre o casamento homoafetivo com bênção da entidade em Alagoas, que será celebrado na noite desta sexta-feira (23) pelo Dom Fernando Pugliese, Bispo Chanceler da diocese de Maceió da igreja, que é dissidente da Igreja Católica Apostólica Romana.
A cerimônia, que vai unir Otávio Oliveira e Allan Rocha, será tradicional e, segundo os noivos, seguirá todos os ritos e dogmas religiosos. O casal se declara cristão e está junto há quase seis anos.
“Nós sempre vimos nossos familiares se casando e, pela fé em Deus, também queríamos a bênção para o nosso casamento", conta Oliveira.
Em nota, o Bispo Dioscesano Dom Walbert Rommel Coêlho Galvão Barros informou que por uma questão de doutrina e teológica, a entidade celebra somente o casamento entre homem e mulher, não havendo autorização para qualquer um dos seus clérigos celebrar um casamento entre pessoas do mesmo sexo. (Confira a nota na íntegra ao fim do texto)
Questionado sobre o posicionamento da igreja, Dom Fernando Pugliese esclareceu à reportagemG1 que antes de aceitar realizar o casamento, consultou os líderes da igreja, e obteve autorização para fazê-lo. "Minha petição foi aprovada, mas não por unanimidade. Por isso aceitei o convite do casal e vou dar uma bênção nupcial a eles".
Confira na íntegra a nota da Igreja Católica Apostólica Brasileira:

"A presidência da Igreja Católica Apostólica Brasileira – ICAB – através de seu presidente, Dom Josivaldo Pereira de Oliveira, pronuncia-se sobre a matéria veiculada no site do O Globo, g1.globo.com, a respeito de um “casamento gay” que será celebrado por um bispo da Igreja Católica Apostólica Brasileira, Dom Fernando Pugliese, auxiliar na Diocese de Maceió – Alagoas.
A Igreja Católica Apostólica Brasileira não é contrária às conquistas na sociedade pela igualdade e isonomia entre as pessoas. Neste sentido, rechaçamos qualquer forma de violência verbal ou física por causa das opções e orientações que um cidadão faça em termos político, religioso, ideológico e sexual. Todavia, a Igreja Católica Apostólica Brasileira considera o comportamento sexual humano
sacramental por natureza. A Igreja Católica Apostólica Brasileira, neste diapasão, prioriza o entendimento Bíblico e a Tradição Cristã. Sacramentalmente, para a Igreja Católica Apostólica Brasileira, segundo seu Código Eclesiástico, matrimonio como graça de Deus, somente pode ser celebrado entre Homem e Mulher.
A notícia evidencia que o citado Bispo Dom Fernando Pugliese, tem a aprovação da Igreja, e dos demais bispos conciliares, situação totalmente desconhecida pelo Conselho Episcopal e obviamente por todo o Concílio dos Bispos. Tal atitude é um ato espontâneo, irreverente e rebelde do bispo, que segundo suas opiniões pessoais faz uso irresponsável do dom que lhe foi concedido, de forma abrupta o distribui, sendo de forma autoritária e rebelde. Dom Fernando Pugliese não tem nenhuma aprovação de nenhuma instancia da Igreja Católica Brasileira, nem mesmo tem amparo legal e de documentos que o outorgue direitos para levar a cabo esta cerimônia. A Igreja Católica Apostólica Brasileira, representada por todos seus bispos, padres e fieis lamentam o fato e a atitude do irmão, os mesmos repudiam essa decisão do Bispo e desaprovam tal atitude que fará com que Dom Fernando Pugliese seja sancionado pelo Tribunal Eclesiástico da Igreja por tão grande incompatibilidade com a comunhão e o colegiado dos Bispos.
O Bispo Diocesano de Maceió, Dom Rommel, também REPROVA oficialmente a realização de tal ato e jamais foi consultado sobre o acontecimento do mesmo. Lamenta o incidente em que envolve pessoas de bem, mas afirma que sua posição esta em desacordo com Dom Fernando Pugliese e que a Diocese de Maceió tomara essa ação do Bispo Auxiliar como um ato de desobediência a Igreja Particular da ICAB em Alagoas e contra a hegemonia do Concílio dos Bispos.
 
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