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Alda nasceu em 1917 e é a matriarca da família (Foto: Arquivo pessoal/Família Cazellato)Alda nasceu em 1917 e é a matriarca da família (Foto: Arquivo pessoal/Família Cazellato)
A atual matriarca da família Cazellato teve uma grande surpresa neste fim de semana. Mais de 100 pessoas da família se reuniram em Bauru (SP) neste sábado (24) após anos sem se encontrarem. Aparentemente feliz, Alda Cazellato, de 97 anos, conta que teve a maior surpresa que podia esperar. "Vocês quase me mataram. A surpresa foi muita para mim, nunca vou esquecer. Estou muito contente. É o presente melhor que eu poderia ter."
A festa só foi possível com a ajuda de um aplicativo de comunicação pela internet. Eles criaram um grupo para se comunicar e a ideia gerou o reencontro e a surpresa para a tia. "A maioria se mudou de Bauru e ficamos todos separados. Como sempre gostamos de festa, quisemos reunir todo mundo e mostrar que é possível estar junto e deu essa coisa maravilhosa", comemora a sobrinha-neta da matriarca, Célia Rosely Zani Tayar.
Crachá ajudou as pessoas a se reconhecerem (Foto: Isabela Ribeiro / G1)Crachá ajudou as pessoas a se reconhecerem
(Foto: Isabela Ribeiro / G1)
A ideia deu certo que veio parentes de São José do Rio Preto, São Paulo, Marília e muitos deles ainda não se conheciam. O problema era ficar se identificando. Mas logo surgiu a ideia do crachá, como explica a parente Eliana Cazellato Castro. "Com o crachá você consegue identificar quem é quem, filho de quem, neto de quem, mais fácil."
História da família
A matriarca Alda é a única filha viva do casal de italianos Amedeu Cazellato e Ermenegilda Guarnieri Cazellatto que chegaram da Itália em 1902, fugindo de guerras na Europa.  Ela nunca casou e acabou sendo a tia que cuidou de todos. Mas a maioria dos parentes acabaram saindo de Bauru e há anos eles não conseguiam se reunir.
A reunião dos familiares que restaram do casal que teve nove filhos, 30 netos, aproximadamente 80 bisnetos e mais de 100 tataranetos, deixou a família toda feliz e querendo cada vez mais se reunir, como conta o aposentado Jair Mattiazzo, de 79 anos, sobrinho da matriarca. "Na outra espero que venha mais. Espero participar de mais um monte, pelo menos três para mim já está bom", brinca.
Matriarca se emocionou ao ver parentes (Foto: Isabela Ribeiro / G1)Matriarca se emocionou ao ver parentes (Foto: Isabela Ribeiro / G1)
O italiano Amedeu na Praça rui Barbosa (Foto: Arquivo pessoal / família Cazellatto)O italiano Amedeu na Praça Rui Barbosa, em
Bauru (Foto: Arquivo pessoal / família Cazellato)
O casal chegou ao Brasil com seis filhas fugindo de guerras na Europa e apesar de terem voltado para a Itália no fim da guerra, eles acabaram retornando ao Brasil e se instalando em Bauru (SP), onde tiveram mais três filhos, duas meninas e um menino. Dentre esses filhos, apenas Alda ainda é viva e mantém a história da família.
Alda conta que o pai dela era engenheiro na Itália, mas quando chegou ao Brasil, trabalhou como açougueiro. Em Bauru foi como mestre de obras que sustentou sua família e ajudou a construir muitas casas da cidade que ainda estava começando a crescer quando eles chegaram. Bauru completa 119 anos em 2015 e este ano faz 113 anos que a família está na cidade.
Exceto Alda que não se casou, as filhas Eliza, Victoria, Esterina, Antonieta, Emília, Helena e Olga gerando seis famílias novas: Zani, Reginato, Merigui, Mattiazzo, Vargas e Buchianico (sobrenomes dos maridos)." O mais novo dos filhos Amadeu Cazelatto Filho morreu em um acidente de carro, mas todas as irmãs morreram com mais de 90 anos.
 
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