Na última semana, a World Surf League (WSL) anunciou o cancelamento de três etapas do Qualifying Series - divisão de acesso do circuito mundial.
Além do QS10.000 em Trestles, Califórnia (EUA) – cancelado por falta de patrocínio -, saíram do calendário o QS10.000 em Saquarema (RJ) e o QS6.000 em Itacaré (BA).
Nos dois eventos brasileiros, a WSL alegou que os organizadores não pagaram a premiação dos atletas (US$ 250 mil em Saquarema e US$ 150 mil em Itacaré).
Responsável pela realização do tradicional Surf Eco Festival, a Dendê Produções enviou uma nota ao SurfBahia justificando o motivo. A empresa lamentou a situação e informou que deu entrada em uma ação judicial contra a Mahalo, patrocinadora master do evento.
“No acordo entre as partes, a marca esportiva seria responsável pelo valor a ser repassado aos atletas da competição. Por não ter ocorrido a integralidade do pagamento, foi gerada a referida ação judicial”, cita a nota.
Ainda de acordo com a Dendê, a empresa também sofre com a falta de repasse da prefeitura de Itacaré. “Nos dois últimos anos, não foi pago nenhum valor acordado para que o evento acontecesse na cidade, por isso, também estão sendo providenciadas medidas legais”, alega a empresa.
A Mahalo também enviou uma nota ao SurfBahia no início desta semana. De acordo com a empresa, o acordo com a Dendê foi cumprido. “Estamos convictos de que o acertado fora efetivamente cumprido, cabendo a cada parte a responsabilidade com as vossas obrigações, perante ao evento e aos premiados”, garante.
Na nota, a patrocinadora fez questão de destacar o histórico da empresa. “Nossa forma de proceder é adversa. É positiva, é correta. Patrocinamos atletas, eventos, campanhas de incentivo ao esporte, de formatos mais diversos, em busca de fortalecer, ainda mais, os valores da nossa marca. Tal afirmação está sendo tratada em juízo, somente nele deve ser deliberada e desqualificada.”
Confira abaixo a íntegra das notas de esclarecimento enviadas pela Dendê Produções e pela Mahalo. A redação do SurfBahia tentou entrar em contato com a Prefeitura Municipal de Itacaré, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.
Veja a nota de esclarecimento da Dendê Produções
“A Dendê Produções, empresa responsável pelo Mahalo Surf Eco Festival, lamenta a não quitação da premiação dos atletas na edição de 2015. Para resolver este problema, foi dada entrada em uma ação judicial contra a Mahalo, patrocinadora master do evento, distribuída para a 12a Vara Cível e Comercial de Salvador, gerando o processo número 0509171-47.2016.8.05.0001, com audiência marcada para o dia 16 de maio 2016.
No acordo entre as partes, a marca esportiva seria responsável pelo valor a ser repassado aos atletas da competição. Por não ter ocorrido a integralidade do pagamento, foi gerada a referida ação judicial.
A empresa também sofre com a falta de repasse da prefeitura de Itacaré. Nos dois últimos anos, não foi pago nenhum valor acordado para que o evento acontecesse na cidade, por isso, também estão sendo providenciadas medidas legais.
Nesses oito anos de circuito mundial surf, o Surf Eco é a etapa mais antiga do calendário junto à WSL, e a Dendê Produções sempre manteve sua integridade no trabalho realizado junto ao surf brasileiro e seus atletas. Os compromissos das etapas anteriores foram honrados integralmente, com os pagamentos dos atletas no palanque. A empresa está focada em resolver essa pendência, até o final do mês de maio e poder, com isso, confirmar a etapa de 2016, que deverá acontecer em Ilhéus no segundo semestre.”
Veja a nota de esclarecimento da Mahalo
“A Mahalo, tomando conhecimento das recentes afirmações postadas nas mídias digitais, mais especificamente, de suposto descumprimento contratual em patrocínio de eventos esportivos, aproveita o ensejo para ressaltar que não é da cultura desta empresa agir de tal maneira, de modo a causar prejuízos a eventos e aos participantes que seriam premiados. Até porque, tal ato culmina em malefícios à toda sociedade.
Nossa forma de proceder é adversa. É positiva, é correta. Patrocinamos atletas, eventos, campanhas de incentivo ao esporte, de formatos mais diversos, em busca de fortalecer, ainda mais, os valores da nossa marca. Tal afirmação está sendo tratada em juízo, somente nele deve ser deliberada e desqualificada.
Estamos convictos de que o acertado fora efetivamente cumprido, cabendo a cada parte a responsabilidade com as vossas obrigações, perante ao evento e aos premiados.
O nosso sentimento em decorrência do fatídico evento postado é o pior possível, e, em nome da comunidade do surfe, estamos à disposição para colaborar com a melhor resolução de tal impasse, de modo que todas as partes lesadas sejam devidamente justiçadas.”
Fonte: Surf Bahia.
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