Direção da instituição ainda não sabe precisar o quanto foi perdido
Encontrado em solo baiano, o meteorito do Bendegó, também conhecido como Pedra do Bendegó ou simplesmente Bendengó, é um dos poucos itens do acervo do Museu Nacional que conseguiram se salvar até o momento. A direção do museu ainda não conseguiu precisar o tamanho da perda. A sobrevivência do meteorito é um dos assuntos mais comentados no Twitter em todo Brasil, contabilizando mais de 6mil tweets até o momento.
Bendegó foi encontrado no município de Monte Santo, em 1784. Com 5,36 toneladas, a rocha é oriunda de uma região do Sistema Solar entre os planetas Marte e Júpiter e tem cerca de 4,56 bilhões de anos e é o maior fragmento já encontrado em território brasileiro. A rocha integra a coleção desde 1888, que é considerada a maior de meteoritos no país, com 62 peças. Bendegó é o mais famoso.
Perda de acervo
Os três andares do Museu Nacional foram atingidos pelo fogo que começou no prédio na noite deste domingo (2), por volta das 19h. No acervo contavam mais de 20 milhões de itens, entre eles documentos do Império, artefatos greco-romanos, fósseis e a maior coleção egípcia da América Latina.
Muito emocionada, a vice-diretora do Museu Nacional, Cristiana Cerezo, atirou-se ao chão quando chegou ao local.
“São 200 anos do museu, isso aqui é o trabalho da vida de muita gente, são coleções zoológicas, botânicas, tudo perdido, tudo perdido!”, lamentou Lilian, bióloga e pesquisadora do museu.
Entre os itens mais conhecidos do Museu Nacional, ainda estavam o esqueleto de dinossauro encontrado em Minas Gerais e Luzia, o mais antigo fóssil humano descoberto no atual território brasileiro.
O museu é a instituição científica e museu mais antigo do Brasil, Com 200 anos de histórias completados em maio deste ano. A visitação média mensal é de 5 a 10 mil pessoas.
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