RIO DE JANEIRO (O REPÓRTER*) - O velório de José Wilker está sendo marcado por muita emoção. Amigos, familiares e fãs do ator e diretor, morto no sábado, vítima de um infarto fulminante do miocárdio, reuniu centenas de pessoas.
O corpo é velado no Teatro Ipanema, na Zona Sul do Rio. Wilker tinha 67 anos e estava na casa da namorada quando morreu dormindo.
A cerimônia, que foi aberta ao público às 23h40 desse sábado terminará às 15h deste domingo (6). Em seguida, às 18h, ele será cremado no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária, em evento fechado.
Vários colegas de profissão já estiveram no Teatro Ipanema para se despedir do amigo. Entre eles, os atores Tony Ramos, Renata Sorrah, Ary Fontoura, Giulia Gam, Marieta Severo, Eriberto Leão, Vera Holtz, Natália do Vale, Susana Vieira, Malu Mader, Glória Pires e Marcelo Serrado.
Wilker tinha no currículo personagens memoráveis, como o jovem Rodrigo, protagonista da novela "Anjo mau" (1976), de Cassiano Gabus Mendes.
Em 1985, viveu Roque Santeiro, personagem central da trama homônima escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva.
Em 2004 interpretou o ex-bicheiro Giovanni Improtta, de "Senhora do destino", de Aguinaldo Silva, um personagem com diversos bordões como “felomenal” e “o tempo ruge, e a Sapucaí é grande”.
O artista dirigiu o humorístico "Sai de baixo" (1996) e as novelas "Louco amor" (1983), de Gilberto Braga, e "Transas e caretas" (1984), de Lauro César Muniz. Durante uma rápida passagem pela extinta TV Manchete, acumulou direção e atuação em duas novelas: "Carmem" (1987), de Gloria Perez, e "Corpo santo" (1987), de José Louzeiro.
Apaixonado pelo cinema, o ator participou de filmes como "Xica da Silva" (1976) e "Bye bye Brasil" (1979), ambos de Cacá Diegues, "Dona Flor e seus dois maridos" (1976) e "O homem da capa preta" (1985). Fez ainda o personagem Antônio Conselheiro em "Guerra de Canudos" (1997), de Sérgio Rezende. Além disso, foi diretor-presidente da Riofilme.
Wilker também se destacou em minisséries como "Anos rebeldes" (1992), de Gilberto Braga; "Agosto" (1993), adaptada da obra de Rubem Fonseca; e "A muralha" (2000), escrita por Maria Adelaide Amaral e João Emanuel Carneiro.
Em 2006, interpretou o presidente Juscelino Kubitschek na minissérie "JK", de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira. O artista ainda escreveu textos para revistas e jornais e comentou a cerimônia do Oscar durante vários anos, para a TV Globo e para a GloboNews.
José Wilker deixa duas filhas. Mariana, com a atriz Renée de Vielmond, e Isabel, com a também atriz Mônica Torres. No Facebook, Isabel escreveu uma declaração para o pai e agradeceu as mensagens de apoio: "Só tenho amor, muito amor, e agora saudades, sempre. Obrigada a todos pelo carinho", postou, junto com uma foto. (*com informações da TV Globo)
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