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Falamansa celebra forró e amizade em novo CD

Gislene Ramos
  • Divulgação
    O Falamansa gravou o disco em clima caseiro, com muita descontração
Forró pé-de-serra tradicional, fiel ao clássico trio sanfona, zabumba e triângulo. Assim é o grupo paulista Falamansa, que lança  novo disco, Amigo Velho, um trabalho autoral no qual o valor da amizade é a grande bandeira.
Com 13 faixas, o disco foi gravado no estúdio do próprio vocalista da banda, Tato, proporcionando, por duas semanas,  um ambiente descontraído e favorável à criação conjunta.
Mesmo ficando seis anos sem fazer um disco autoral, o Falamansa continuou trabalhando em músicas e em composições, pois a característica principal da banda é  investir em canções próprias.
União

A faixa-título do CD, Amigo Velho, retrata bem  a amizade que acompanha o grupo Falamansa, há 16 anos juntos com a mesma formação.  "A gente não via a hora de entrar no estúdio para fazer um disco autoral e voltar às nossas raízes", conta Tato, compositor, violonista e cantor da banda, que se completa com Alemão, na zabumba, Dezinho, no triângulo, e Valdir do Acordeom, na sanfona.

Entre um churrasquinho e uma jam session, o disco foi surgindo em clima caseiro. "Estar junto numa mesma casa é diferente de estar junto na estrada. E o legal é que foi um disco sem pressa,  deu tempo para elaborar melhor cada música com cuidado, todos os arranjos", conta Tato sobre o processo de gravação do disco.

Principal compositor da banda, ele afirma que já tinha composto a música Amigo Velho há um tempo, mas foi no processo de pré-produção que o grupo percebeu o quanto a canção era representativa e acabou influenciando toda a produção.

"O disco não se chamaria Amigo Velho nem teria os quatro velhinhos na capa", diz Tato, que mantém a temática da amizade nas letras do Falamansa. Segundo o cantor, todo o resultado do processo do disco é fruto da amizade, do respeito um com o outro e, sobretudo, porque tem o mesmo objetivo de se manter com o forró pé-de-serra. "A Falamansa se manteve sempre fiel ao que propôs ainda no primeiro disco", completa o músico.

As músicas apostam na simplicidade do forró pé-de-serra, com elementos tradicionais, mas não deixam de ser atemporais. "A gente optou por fazer um disco mais raiz, mais pé no chão. Tiramos a bateria e guitarra e trocamos por viola, violão de aço. Tudo isso no intuito de tornar o disco mais raiz, mais autêntico", explica Tato.

Tendo como base os elementos do forró tradicional, as músicas do disco passeiam por diferentes estilos, como o folk, o country, o punk cigano, mas sem perder de vista o denominador comum da Falamansa, que é o forró pé-de-serra.

Tato  explica sobre o caráter universal do disco: "O engraçado é que, se você analisar o mundo da música hoje, tudo que é de raiz está muito moderno, contemporâneo, e nessa intenção de deixar o disco regional a gente acabou ficando mais universal, mais fácil de ser absorvido por qualquer pessoa, mesmo aquela que não goste de forró".

Em meio à indústria do forró, o grupo caminha na contramão das grandes bandas, como explica o cantor. "Buscar no cenário da grande mídia uma banda com o mesmo estilo que a Falamansa é algo muito difícil no mercado fonográfico, a Falamansa anda um pouco sozinha", diz.

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