A ação propõe tratamento quimioprofilático em crianças de 5 a 14 anos com a utilização do Albendazol, matriculadas em instituições de ensino municipais e estaduais.
O lançamento da Campanha Nacional de Hanseníase e Geo-helmintíase (verminose), desenvolvida em Ilhéus, pelas secretarias municipais de Saúde (Sesau) e Educação (Seduc), ocorre nesta sexta-feira, dia 18, no auditório do Banco do Brasil, no período das 8 às 12 horas. A campanha, promovida pelo Ministério da Saúde, vai oferecer o tratamento quimioprofilático em 23.349 estudantes das redes municipal e estadual, na faixa etária de 5 a 14 anos, com a utilização do Albendazol (um remédio de via oral, podendo ser encontrado em forma de comprimido ou suspensão oral).
Durante a solenidade de abertura das atividades, serão expostos os sintomas, perigos e tratamento das doenças a diretores, professores e demais trabalhadores da educação. A diretora do Departamento de Atenção Básica da Sesau, Bárbara Christian Magalhães, explica que o desenvolvimento das ações nas salas de aula terá início no próximo dia 28, com mobilizações e orientações aos escolares antes da oferta da dose do anti-helmíntintico e do preenchimento da ficha de autoimagem. No entanto, o uso do remédio nas crianças só será possível com a concordância dos pais, que devem ser convocados a participar de reunião nas sedes escolares, onde assinarão o acordo.
O objetivo da campanha é contribuir para a redução da carga parasitária de geo-helmintos (que é transmitida por meio do solo, causando morbidade e, às vezes, até a morte) em escolares do ensino público fundamental, e identificar casos suspeitos de hanseníase – que provoca febre, edemas, dor nas juntas, entupimento, sangramento, etc. Após a identificação, os casos suspeitos serão referenciados à rede básica de saúde, visando a confirmação diagnóstica e tratamento.
O Ministério da Saúde esclarece que a proposta do preventivo em escolas está em conformidade com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que preconiza o tratamento periódico como medida preventiva e efetiva para redução da carga parasitária e das suas complicações. Esta estratégia reduz os custos do tratamento e potencializa os resultados da intervenção, porque proporciona excelente oportunidade de atingir o maior número do público alvo, em razão da agregação de crianças e adolescentes nesse ambiente. Nesse caso, conforme informa Bárbara Christian, a administração e a supervisão do tratamento preventivo serão realizadas por profissionais da área de abrangência das unidades básicas de saúde.
Hanseníase – A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa causada por um bacilo denominado Mycobacterium leprae. Os sinais e sintomas da hanseníase estão localizados principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, nas costas, nas nádegas e nas pernas. Os sinais e sintomas mais comuns nas formas mais graves da hanseníase são: febre, edemas e dor nas juntas; entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz e olhos; mal estar geral, emagrecimento . Alguns casos apresentam doença sistêmica (que afeta todo o organismo). Eles são mais avançados e muitas vezes o diagnóstico não é lembrado. Por isso, é importante observar os sinais e sintomas e, na hipótese diagnóstica de hanseníase, fazer um bom exame neurológico.
Geo-helmintíases - As Geo-helmintíases constituem um grupo de doenças parasitárias intestinais que acometem o homem e são causadas principalmente pelo Ascaris lumbricoides, Trichuristrichiuria e pelos ancilostomídeos. Eles são transmitidos por meio do solo, causam morbidade e, às vezes, até a morte, porque afetam a situação de nutrição e os processos cognitivos. Inclusive, podem causar complicações que exigem intervenção cirúrgica, além de induzirem reações nos tecidos, especialmente granulomas.
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