Antônio Falcão e Fernando Conceição | Foto: Montagem/ Bahia Notícias
Presidente do Conselho de Odontologia da Bahia e professor da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Antônio Fernando Falcão é acusado por alunos do curso de adotar em sala de aula posições homofóbicas e de preconceito religioso. De acordo com a coordenadora do curso, professor Andreia Cristina Leal, as denúncias contra o docente chegaram ao colegiado. “Inicialmente, decidimos não ofertar mais a matéria optativa que ele ministrava. Com isso, ganhamos tempo para apurar as denúncias. Durante essa apuração, observou-se indícios destes comportamentos e encaminhamos os indícios para a congregação. A partir daí, abrimos um processo de sindicância e ele está sendo oficialmente investigado”, relatou, em entrevista ao Bahia Notícias. Antônio Fernando Falcão ministra a matéria de Ética Odontológica na faculdade e, segundo alunos, declarou que não admitia que casais do mesmo sexo formassem famílias com filhos. Situação que causou constrangimento aos alunos. Diante das denúncias, o Diretório Acadêmico também passou a acompanhar o caso. “A gente está averiguando essa questão para tomar as devidas posições. Estamos conversando com a direção e, até o final da semana, vamos tomar uma posição. Se isso for verdade, vamos expor”, prometeu o presidente do diretório, Luiz Alessandro, estudante do 10º semestre.
Piquete na Facom | Foto: Juliana Rodrigues/ Instagram
Esta semana, outro caso de suposto abuso de autoridade foi registrado na Ufba. Trata-se do professor da Faculdade de Comunicação (Facom) da Ufba, Fernando Conceição. Segundo alunos, o professor é preconceituoso com as alunas, que não conseguem ter espaço nas aulas. Em nota de repúdio, os discentes apontam algumas frases supostamente ditas por Conceição, como "Livro grosso serve para bater na namorada", "Homem só gosta de mulher bonita e não inteligente" e "Machismo, racismo e homofobia são opiniões". Nesta quarta, os alunos da Facom fizeram um “piquete” na porta da sala de aula e impediram Conceição de entrar. Em sua defesa, o professor diz que "as 'organizações' ou pseudo-organizações autoras da 'Nota' são todas política, partidária e facciosamente orientadas", disse, no comunicado. O docente também ressaltou que 13 das 30 pessoas que assinam a nota não são alunas dele. Além disso, outras cinco já possuem mais de 16 faltas. "Pode uma pessoa que não está nos debates e discussões acadêmicas na sala de aula atacar com uma nota infame, caluniosa, maldosa, um professor? Qual a motivação por trás disso?", questionou.
Piquete na Facom | Foto: Juliana Rodrigues/ Instagram
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