Papa falou com grupo de universitários que refletem sobre o trabalho da ONU; a eles, destacou o valor da compaixão
Da Redação, com Rádio Vaticano
A força de uma comunidade é vista pela sua compaixão para com os mais frágeis. Palavras do Papa Francisco aos cerca de três mil participantes do encontro promovido em Roma pela Haward World Model United Nations, a mais diversificada conferência em nível universitário no modelo das Nações Unidas. Eles foram recebidos em audiência pelo Santo Padre nesta quinta-feira, 17, no Vaticano.
Trata-se de uma iniciativa que reúne estudantes universitários de 115 países com o objetivo de fazer compreender a atividade desenvolvida pela ONU e pelos organismos internacionais e formar os líderes mundiais do futuro.
Dirigindo-se aos jovens, Francisco manifestou o desejo de que as Nações Unidas e cada um dos estados-membro estejam sempre dispostos ao serviço de quantos no mundo são mais vulneráveis e marginalizados. O Santo Padre pediu que no centro da atenção esteja sempre a pessoa, porque os problemas têm uma face e atrás de toda dificuldade que o mundo enfrenta, há homens e mulheres, jovens e idosos, “pessoas como nós”, disse Francisco.
“Há famílias e indivíduos que vivem todos os dias lutando, que procuram cuidar dos filhos e de prepará-los não só para o futuro, mas também para as elementares necessidades de hoje. Assim, muitos deles foram atingidos pelos problemas mais graves do mundo atual, pela violência e pela intolerância, tornaram-se refugiados, tragicamente obrigados a abandonar suas casas, privados de sua terra e de sua liberdade”.
Compaixão: força de uma comunidade
Essas pessoas, segundo o Papa, pedem em voz alta para serem ouvidos e são dignos dos esforços humanos para a justiça, a paz e a solidariedade. “A nossa força como comunidade, a qualquer nível de vida e de organização social, repousa não tanto sobre nossas consciências e hábitos pessoais quanto sobre a compaixão que mostramos uns para com os outros, sobre o cuidado que praticamos especialmente com quem não pode cuidar de si mesmo”.
Cuidar do outro, vocação de toda a humanidade
O Papa recordou, por fim, o empenho da Igreja católica em servir aos pobres, aos refugiados, às famílias e proteger a dignidade e os direitos de cada ser humano.
“Nós cristãos acreditamos que Jesus nos chama a servir os nossos irmãos e irmãs, a cuidar dos outros, independente de sua providência e das circunstâncias. Todavia, esse não é só um distintivo dos cristãos, mas é um chamado universal, radicado na nossa comum humanidade, uma coisa que temos dentro como pessoas!”.
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