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Em sua rede social, o Padre Cristo (que é um dos poucos ou raros sacerdotes da Diocese de Ilhéus que emite comentários e usa sua rede social em prol do próximo) ,expôs o seu ponto de vista sobre a atual situação de saúde em nossa cidade, veja:


Manifesto pela saúde pública em Ilhéus

O SUS, Sistema Único de Saúde, é uma grande conquista do povo brasileiro adquirido na Constituição Cidadã, que deve garantir acesso à saúde pública para todas as pessoas, indistintamente. Na divisão de obrigações e funções entre os entes e suas subdivisões é muito comum as pessoas não entenderem porque posso fazer um determinado serviço em um lugar e não posse em outro.
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Em Ilhéus, há mais de uma década, que o serviço de saúde pública vem sendo desorganizado e confuso para o cidadão. Postos insuficientes para atender a atenção básica faz com que as pessoas procurem o PSF mesmo estando fora da área de cobertura e não conseguem ser atendidos; os hospitais conveniados via município empurram entre si os atendimentos; o hospital regional passou a assumir grande parte do atendimento ambulatorial. Assim, o povo não tem informação clara e segura de onde pode ser atendido para cada situação, enquanto vidas humanas estão sendo perdidas.
Diante de tanto conflito entre abre e fecha portas e postos. Demite, admite e transfere, funcionários efetivos e contratados, as instituições e lideranças são pautadas a se manifestarem.
Desta forma, também fui provocado a externar uma posição enquanto representante religioso acerca do momento e aponto uma reflexão da seguinte maneira: 1. Município e Estado devem compartilhar a culpa de não ter sido feito um planejamento que antecedesse a situação de caos ao parar o atendimento de portas abertas com ambulatorial no Hospital Regional; 2. Reconhecemos a importância de um novo e grande hospital de alta complexidade para a região, bem como a intenção de criar um novo hospital materno infantil; 3. Precisa haver clareza na orientação de onde estão sendo atendidas as crianças; 4. Não é aceitável as pessoas continuarem tendo dificuldades nos postos da atenção básica para simples serviços como marcação de exames, vacinas, entre outros procedimentos e consultas; 5. A quantidade de postos fechados ou desativados gera insegurança na população; 6. Por fim que os entes públicos no município e estado façam em caráter de urgência uma audiência pública objetiva apontando soluções concretas juntamente com outros órgãos do poder público e privado e sociedade civil.
“Se dou pão aos pobres, todos me chamam de santo. Se mostro por que os pobres não têm pão, me chamam de comunista e subversivo” D. Helder Câmara
Ilhéus, fevereiro de 2018
Pe. José Cristo
Capelania São Paulo Apóstolo

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