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O que é a fornicação? Responde o Prof Felipe Aquino

Infelizmente, a fornicação entre namorados e noivos vai se tornando corriqueira
Entre os pecados contra a castidade (adultério, pornografia, estupro, masturbação, prática homossexual etc.) está a fornicação, que é a realização do ato sexual entre um homem e uma mulher que não são casados entre si nem com outros. É pecado contra o sexto mandamento da Lei de Deus. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) assim explica:
““A fornicação é a união carnal fora do casamento entre um homem e uma mulher livres. É gravemente contrária à dignidade das pessoas e da sexualidade humana, naturalmente ordenada para o bem dos esposos, bem como para a geração e a educação dos filhos”” (CIC § 2353).
O que é a fornicação
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com 
Infelizmente, dentro do relativismo religioso e moral, que vai penetrando na Igreja, até mesmo na cabeça de alguns sacerdotes, a fornicação entre namorados e noivos vai se tornando corriqueira e muitos a querem justificar e até aprovar. Não é raro ouvir jovens contarem de padres que dizem não ser pecado viver o sexo com o (a) namorado (a) se eles se amam.
No entanto, para sermos fiéis a Deus e à Igreja não podemos aceitar essa grave quebra da moral católica. Apresento a seguir algumas passagens bíblicas que mostram como Deus condena a fornicação como pecado grave:
“”Guarda-te, meu filho, de toda a fornicação: fora de tua mulher, não te autorizes jamais um comércio criminoso”” (Tobias 4,13).
“”Envergonhai-vos da fornicação, diante de vosso pai e de vossa mãe; e da mentira, diante do que governa e do poderoso”” (Eclesiástico 41,21).
““Mas a respeito dos que creram dentre os gentios, já escrevemos, ordenando que se abstenham do que for sacrificado aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação”” (Atos dos Apóstolos 21,25).
““Mas o corpo não é para a fornicação, e sim para o Senhor, e o Senhor é para o corpo”” (I Coríntios 6,13).
“”Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo?” (id. v.15)
““Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo”” (id. v. 18).
““Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo”” (id. v. 19-20).
““Receio que à minha chegada entre vós Deus me humilhe ainda a vosso respeito; e tenha de chorar por muitos daqueles que pecaram e não fizeram penitência da impureza, fornicação e dissolução que cometeram”” (II Coríntios 12,21).
““Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem”” (Gálatas 5,19).
““Quanto à fornicação, à impureza, sob qualquer forma, ou à avareza, que disto nem se faça menção entre vós, como convém a santos”” (Efésios 5,3).
Penso que essas passagens bíblicas falam por si mesmas e não podem ser anuladas. A Palavra da Igreja é para nós a Palavra de Cristo e de Deus Pai: “Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou” (Lucas 10,16). E a Igreja, desde sempre, ensinou que a vida sexual só é lícita entre marido e mulher unidos pelo sacramento do matrimônio. Diz o Catecismo da Igreja Católica (CIC):
“A sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se doam um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é em absoluto algo puramente biológico, mas diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal. Ela só se realiza de maneira verdadeiramente humana se for parte integral do amor com o qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o outro até a morte” (CIC § 2361).
“”Pela união dos esposos realiza-se o duplo fim do matrimônio: o bem dos cônjuges e a transmissão da vida. Esses dois significados ou valores do casamento não podem ser separados sem alterar a vida espiritual do casal e sem comprometer os bens matrimoniais e o futuro da família. Assim, o amor conjugal entre o homem e a mulher atende à dupla exigência da fidelidade e da fecundidade”” (CIC §2363).
Hoje, é terrível a luta do jovem cristão contra o pecado da carne, porque o mundo– “que jaz no maligno” –se movimenta em torno do prazer do sexo, e calca aos pés a sagrada Lei de Deus. Mas não podemos esquecer o que disse o apóstolo: “”O salário do pecado é a morte”” (Rm 6,23). Conheço muitos que sofrem e que sofreram por se entregarem ao pecado da carne, mas não conheço alguém infeliz por ter lutado contra ele. A Carta aos Hebreus diz que “devemos “resistir até o sangue na luta contra o pecado”” (Hb 12,4).
É certo que para todos é dura a luta contra as paixões da carne, – para os solteiros e para os casados –, mas é preciso dizer que quanto mais árdua for essa luta tanto maior será a vitória e a glória que daremos a Deus em nosso corpo. A Igreja ensina o remédio contra o pecado:jejum, esmola e oração.
Jesus disse aos apóstolos no Horto das Oliveiras: “”Vigiai e orai, o espírito é forte, mas a carne é fraca””. Então, temos de fortalecer a vontade com a penitência, a mortificação, a oração sem cessar, e, sobretudo, a vigilância. Tudo o que entra na alma, entra pelos sentidos (olhos, mãos, nariz, boca e ouvidos); é preciso vigiá-los contra tudo que leve excitação para a alma.
Os maiores remédios que a Igreja põe à nossa disposição, continuamente, são a confissão e a Eucaristia; a primeira lava o corpo e a alma da fornicação; a segunda a sustenta para não cair novamente. Essa é uma luta que muito agrada a Deus, porque a castidade é uma grande virtude.
fonte: www.cleofas.com.br

Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino
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