"Como sempre, aqui no Brasil a gente previne depois. Pior, apenas falamos em prevenir", afirma Alexandre Garcia.
A preocupação com os efeitos devastadores das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti ganha força. É preciso uma ação imediata para um problema que deveria ter sido evitado com prevenção.
“A nossa tragédia é que mesmo uma ação imediata não livra bebês que estão nascendo. Os casos de microcefalia que aparecem agora são resultado de infecção por mosquito há meio ano”, avalia Alexandre Garcia.
Alexandre Garcia lembra que os gastos públicos com as doenças causadas pelo mosquito, em 2013, foram de R$ 2,7 bilhões e com prevenção, menos da metade disso: R$ 1,3 bilhão. “Deveria ser o inverso, não é? Mais prevenção, seriam menos gastos com doença. Como sempre aqui no Brasil, a gente previne depois. Pior, apenas falamos em prevenir. Entre a fala e o gesto, fica um abismo em que o mosquito se cria”, diz.
“Pela falta de prevenção, lidamos agora com essa situação gravíssima, cruel e injusta, que já afeta brasileirinhos antes de nascerem. É missão permanente de cada um fazer a sua parte porque o estado sozinho não conseguiu evitar o pequeno grande inimigo”, afirma o comentarista.
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