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Alegrias e frustrações na licença maternidade

As mudanças e os desafios da maternidade e o retorno ao trabalho

Faz pouco tempo que retornei da licença maternidade. Fiquei quatro meses em casa cuidando da minha primeira filha, Elisa Maria, que hoje está prestes a completar oito meses de vida.
Durante esse tempo em que passei me dedicando somente a ela, o principal aprendizado adquirido foi sobre a redução das certezas que tinha sobre as coisas. Depois que você se torna mãe, não existe constância em relação ao sono, à amamentação, aos horários e ao futuro próximo. A realidade passa ser diferente da expectativa que criamos e passamos a ficar abertas às surpresas agradáveis e outras nem tanto.
Alegrias e frustrações na licença maternidadeFoto: Sylvia Resende

Desafios da maternidade

Antes de me tornar mãe, minha rotina era bastante agitada com horários regrados, divididos entre a prática de exercícios físicos, estudos, trabalho, cuidados com a casa e outros compromissos. Tinha a fama de ter a agenda cheia, era daquelas que os amigos reclamavam por sempre ter um compromisso quando era convidada para um momento de descontração. Com a chegada de um filho, as prioridades são outras e demora um pouco para o cérebro se acostumar com tanta mudança. O trabalho nos obriga a ter regras e a exercer controle de tudo, mas, neste início da maternidade, a vida é outra.
Nem tudo acontece como se planeja, por mais organização e disciplina que se imponha. Aquele controle que sempre tive sobre o meu tempo e as minhas coisas ficou de lado, em meio ao turbilhão de novidades que um bebê proporciona. Aprendo a cada dia, tento relaxar e deixar as coisas fluírem, sem pressão.
Um pensamento que sempre me vem à tona é o de deixar o orgulho de lado, reconhecer minhas limitações, pedir ajuda e priorizar o “nós”, não mais o “eu”. É um dia de cada vez, com êxito e frustração. De repente, damo-nos conta de que o tempo passou rápido e já está na hora de retornar ao trabalho. Eis um assunto polêmico.

O retorno ao trabalho

Vai de cada mulher tomar a decisão de voltar ao trabalho ou abdicar da vida profissional pelos filhos. Respeito, pois varia de acordo com as necessidades da família e da criança. No meu caso, eu voltei, porque precisava e também porque, no fundo, o trabalho sempre fez parte da minha vida. Sendo mãe, não gostaria de eliminá-lo, mas o acrescentar neste meu novo processo. Foi doloroso, cheio de culpas e cobranças, mas, com o passar das semanas, me senti forte, superando desafios. Minha filha não deixou de me amar, nem meu amor por ela se alterou. A vida ganhou outro sentido, as sensações são outras apesar de fazer as mesmas coisas. Prefiro assim, a passar os meus dias sem emoção, repetindo as tarefas sem muita graça. Encarar o novo tal como ele é, sem fugas nem desculpas faz bem para qualquer um, inclusive para você. É isso.
Pais e filhos

Ioná Piva

Atualmente é professora dos cursos de Comunicação Social da Faculdade Canção Nova (Jornalismo e Rádio e Televisão). Mestranda do programa de pós graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista, cuja linha de pesquisa é: Inovações Tecnológicas na Comunicação Contemporânea.
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