O Brasil decepcionou novamente no futebol masculino. Neste domingo, a seleção ficou no 0 a 0 contra o Iraque na segunda partida da equipe na Olimpíada Rio 2016. Depois do empate por 0 a 0 na estreia contra a África do Sul, a seleção brasileira precisava vencer para jogar tranquila contra a Dinamarca na próxima quarta-feira, na última rodada do grupo. Os dinamarqueses venceram a África do Sul mais cedo no domingo por 1 a 0 e abriram vantagem na liderança, com 4 pontos. Brasil e Iraque estão empatados com 2 pontos em segundo lugar, e a África do Sul tem 1. Todos ainda podem se classificar. Inclusive os iraquianos, que passam para as quartas de final se vencerem os africanos.
Se mantiverem o mesmo futebol que apresentaram contra Dinamarca e Brasil, eles têm sim chances de garantir a vaga. Depois do 0 a 0 na primeira rodada, o Iraque não só parou oos donos da casa como por pouco não marcou um gol que complicaria ainda mais a vida dos brasileiros. Aos 11 minutos, o atacante Abdul-Raheem aproveitou saída horrível do gol de Weverton, cabeceou bem e mandou a bola na trave, naquele que foi o único lance real de perigo do time na partida. O Brasil, por outro lado, teve várias chances de marcar. Esse é, aliás, um traço particular da seleção de Rogério Micale: a equipe é ofensiva, cria três ou quatro chances mas, além de não finalizar bem ao gol, ainda deixa muito espaço na defesa para os adversários atacarem. Gabriel Jesus, que perdeu gol incrível contra a África do Sul, desperdiçou também a primeira grande oportunidade da partida deste domingo, logo aos 2 minutos. Ele recebeu livre na área e bateu cruzado mas totalmente sem direção. Mais tarde, Gabigol, Zeca, Renato Augusto e Neymar também não souberam definir.
O camisa 10, nervoso, ficou muito abaixo do que se espera dele como principal jogador do time e também como capitão. O Brasil sentiu falta, por exemplo, de alguém que passasse tranquilidade quando a torcida começou a vaiar, depois de 75 minutos de futebol ruim da seleção. Um dos principais alvos dos torcedores era Renato Augusto, também longe da forma que apresentava no Corinthians. Jogando na China, parece sentir falta de ritmo de jogo. Gabigol e Gabriel Jesus, na mira dos maiores clubes da Europa, correram, se entregaram, mas novamente não marcaram. Erram muito na hora de finalizar.
Para evitar novo vexame, depois do 7 a 1 e de duas eliminações seguidas nas quartas de final da Copa América no time principal, o Brasil tem que fazer nos próximos 90 minutos o que não fez nos últimos 180: gol. Além disso, precisa crescer como equipe contra o melhor adversário do grupo. Não há mais tempo para oscilação. A decisão é na próxima quarta-feira.
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