Na última segunda-feira (23), moradores do condomínio Moradas do Bosque e da Avenida Esperança acionaram, usando um aplicativo de mensagens instantâneas, a Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável.
O órgão da SEPLANDES acionado foi, especificamente, a Superintendência de Meio Ambiente, alertada na ocasião da ocorrência de um crime ambiental na encosta da ladeira do condomínio Moradas do Bosque. Acompanhado de policiais da Companhia Independente de Polícia Ambiental (CIPA), o superintendente Emílio Gusmão, ao chegar ao local, presenciou integrantes de uma associação, capitaneados pelo pastor Manassés Neiva, da igreja Assembléia de Deus, derrubando árvores nativas da mata atlântica.
A equipe da superintendência identificou doze árvores derrubadas, que de acordo com a lei só poderiam ser suprimidas com autorização do Inema e do Ibama, órgãos estadual e federal, respectivamente. Entre as árvores derrubadas sem autorização, estão exemplares de Pau Brasil, símbolo da nação. Convidado por agentes a ir a delegacia, Manassés demonstrou irritação e gritou afirmando que acionária políticos locais. Minutos após o ocorrido, o vereador e pastor Antônio Matos, popularmente conhecido como pastor Matos, do PSD, ligou para o superintendente Emílio Gusmão. Matos, pastor da Assembleia de Deus, feriu a ética ao pedir, segundo testemunha que ouviu a ligação e não quer se identificar, que Gusmão “esquecesse esse negócio de delegacia”.
Gusmão, contudo, lembrou ao vereador que a ele cabia apenas notificar e multar em função do crime ambiental cometido, mas que policiais acompanharam o pastor Manassés à delegacia para realizar o registro da ocorrência. A lei 9.605/98 impede que qualquer planta, seja ela nativa ou exótica, estando em área urbana, seja suprimida sem autorização. Ao saber que o pastor virou caso de polícia, alguns fiéis relataram ter ficado perplexos.
*Matéria de responsabilidade do blog Chico Andrade*
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