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A cultura de morte é uma nova ordem social imposta

Em 25 de julho de 1995, São João Paulo II, alerta a Igreja acerca de uma realidade que se fixou depois dos anos 60 e que se agrava até hoje de forma ininterrupta. A encíclica Evangelium Vitae é uma análise e, ao mesmo tempo, um alerta sobre a situação cultural que se impunha com a finalidade de se opor aos valores da vida e da família. O Santo Papa conseguiu perceber uma crescente desconstrução que criou bases de atuação dentro e fora da Igreja, influenciando o mundo inteiro,  o que ele denominou de “cultura de morte” e segundo ele, “é ativamente promovida por fortes correntes culturais, econômicas e políticas”.
Foto ilustrativa: AntonioGuillem by Getty Images
Essa orientação se confirma com o apelo que, Paulo VI fez em 25 de julho de 1968 na sua encíclicaHumanae Vitae, deixando claro a imoralidade dos métodos de controle de natalidade, que se espalhavam pelo mundo com uma onda crescente e surpreendente de uma mentalidade mortífera e desconstrutivista da vida, em particular, a intrauterina. Isso mostra que os Papas estavam atentos aos processos de mudança que estavam atingindo o mundo e tiveram maior impacto após os anos 60.
Podemos perceber, tanto em Paulo VI, quanto em João Paulo II, que algo de grave estava acontecendo no mundo, e não era fruto de uma onda espontânea de “evolução” como querem que pensemos. Cabe aqui, ainda que de forma superficial, analisar e aprender o que é a cultura de morte e como ela se desenvolveu nas últimas décadas.

Imposição da cultura da morte

A cultura de morte é uma imposição que quer formar uma nova ordem social a partir da desconstrução da cultura cristã, que foi a construtora da civilização ocidental. Ela tem o objetivo de modificar todos os conceitos de vida e família, através de vários meios, patrocinada por grandes fundações internacionais que querem um novo modelo de ser humano. Para isso, é motivado a legalização do aborto, eutanásia, ideologia de gênero, sexualização de crianças, entre outros. Isso já pode ser percebido em escala mundial.
Documentos mostram uma atuação no meio intelectual e político de uma estratégia que visa a implementação dessa cultura. Em novembro de 1967 em um artigo escrito para a revista Science, Kingsley Davis, um sociólogo patrocinado pela Fundação Rockfeller, discute sobre uma forma que seria a mais eficiente possível para conseguir controlar o crescimento populacional e a solução que, segundo ele, seria perfeita, é a legalização do aborto, mediante uma ação cultural que ele propõe de fazer com que a mulher odeie ser mãe.
Ele sugeriu de forma clara políticas que visam a alteração dos conceitos de casamento, de complementaridade sexual, defende a exposição sexual das mulheres entre outras várias estratégias que, segundo ele, seria o ideal para desmantelar a família. Para ele, a mulher sendo atingida e modificada, toda a família e a cultura seria conseqüência.
Alguns anos mais tarde, a Fundação Ford, parceira dos Rockfeller, baseada no documento do Kinglsey Davis emitiu um planejamento de trabalho intitulado em português: “Saúde reprodutiva: uma estratégia para os anos 90”, que trata de uma ação de financiamento político para uma imposição da agenda abortista deixando clara a reconceitualização de saúde reprodutiva, sendo encarado como algo normal o aborto, como medida de saúde para mulheres.

Clima social

Consta no documento, também, o financiamento de ONGs feministas para criar um debate que favorecesse um clima social de aceitação dessas medidas. Nele percebe-se que os seus autores sabem que o pensamento da sociedade é diferente aos propósitos que eles estão empreendendo. Todavia, isso não os impede, pois eles deixam claro que: a atuação na mídia, a infiltração nos meios de educação e no financiamento junto aos governos dos países, são feitos para atingirem o fim que desejam.
As ações propostas nesses documentos ganharam atuação política de fato quando as conferências da ONU de 1994 (Cairo) e 1995 (Pequim), que teriam temas relacionados às mulheres, foram tomadas por ONGs feministas, financiadas pelas fundações já citadas, e que, segundo o documento “Agenda de gênero”( The Gender Agenda), escrita por Dale O’Leary, o conteúdo de reivindicações eram totalmente em favor da cultura de morte.
No documento há declarações por parte das ONGs feministas de querer implantar o aborto como direito humano, baseando-se em argumentos de que as mulheres não podem aceitar sua biologia, mostrando desejar uma ação a nível mundial para influenciar a mudança do papel feminino, nos moldes do documento da Fundação Ford. Segundo elas:“Nós não seremos forçadas a retroceder para o conceito de que ‘a biologia é o destino’ que procura definir, confinar e reduzir as mulheres às suas características sexuais físicas”.
Além disso, propuseram a implantação do termo gênero que esvazia a identidade sexual, com a intenção de isso ser aplicado às nações, segundo essas ONGs: “ a heterossexualidade, assim como a maternidade, necessita ser reconhecida e estudada como uma instituição política. Em um mundo de genuína igualdade, onde os homens fossem não-opressivos e educados, todos seriam bissexuais”. Essas medidas que foram em grande parte impedidas pelas delegações pró-vida e pró-família ainda são impostas através de pressão cultural, social e política sem legitimidade.

Cultura da morte no Brasil

O Brasil não está fora dessa influência, segundo documentos da fundação Mac Arthur, ela é a que durante muitos anos ficou responsável por atuar no Brasil em favor de todas essas políticas, aplicando as medidas planejadas e que foram expostas nos documentos da Ford e da Science No Brasil, há uma grande atuação de ONGs para aplicar o que as fundações querem e para pressionar em favor das medidas que tentaram implementar pela ONU.
A cultura de morte está muito avançada no nosso país, o aparelhamento para impor a agenda de desconstrução dos valores está generalizado. Há movimentações sendo feitas no Executivo, Legislativo e no Judiciário para aplicar essas medidas reprováveis.
Mesmo indo contra as leis vigentes há sites que defendem o aborto e vendem material abortivo, como é o caso do site IPAS (instituição financiada para propagar o aborto até em países em que não são legalizados), há movimentação incisiva de feministas, como é o caso do instituto da Anis, que é patrocinada pelas fundações, para criar um clima no Brasil favorável a aceitação das medidas da cultura de morte.
Há também, no nosso legislativo, quem quer legalizar o aborto como é o caso dos parlamentares que tentaram algumas vezes aprovar o PL 1135/1991, que propõe a legalização total do aborto.

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