Pai obrigou filho de 11 anos a ter relação com madrasta para "não virar gay"
O ‘caso Daniel Dowling’, que ocorreu no Reino Unido, é um dos exemplos mais emblemáticos do que no Brasil chama-se de “cura gay”. Aos 11 anos, Daniel foi forçado pelo pai a fazer sexo com a sua madrasta para não se tornar homossexual.
Richard Dowling, pai de Daniel, é um ex-funcionário do Ministério da Defesa. Ele foi julgado e disse que abusou do filho para “tentar levá-lo à direção certa” porque ele demonstrava tendências gays.
Hoje com 36 anos, Daniel ainda não conseguiu superar os traumas dos abusos. Em recente entrevista ao jornal Sunday Mirror, o rapaz contou que tem sido assombrado pelas práticas por mais de vinte anos.
Daniel se tornou detetive e provou a culpa do pai e da madrasta, Annette Breakspear. Os dois têm hoje 62 anos de idade, mas tinham 38 quando os abusos começaram.
O então menino de 11 anos passou a sofrer a violência em uma tarde de domingo quando o pai e a madrasta jogavam um jogo de tabuleiro. “Papai me disse que íamos tentar algo diferente – tirar a roupa sempre que alguém perdesse. No final do jogo, Annette estava completamente nua”, relata Daniel.
“Eles me instruíram a tocar e beijar os seios dela. Ele estava me incentivando a fazer isso, então achei que estivesse tudo bem. Eu acho que foi um teste de como eu iria reagir porque a relação sexual começou depois disso”, continua.
Durante a “brincadeira”, a mulher o chamava para tocá-la. O casal chegou até a sugerir que a criança praticasse sexo junto com os dois.
Chacota e traumas
Com o passar dos anos, Daniel tentou denunciar o pai e a madrasta diversas vezes, mas nunca era levado a sério, chegando a ser ridicularizado por policiais que ouviam seu relato.
Apenas em 6 de setembro de 2015, quando conseguiu gravar o pai admitindo os abusos, é que Daniel foi levado a sério. A partir daí, o caso chegou ao conhecimento público e os acusados foram a julgamento.
“No julgamento, meu pai admitiu que fez isso comigo para evitar que eu me tornasse gay porque eu tinha traços femininos”, conta Daniel, reforçando que jamais esquecerá o que passou.
Homossexual, Daniel diz que, por ter sido sexualizado muito cedo, o ato sexual hoje não tem significado para ele. “As poucas lembranças positivas da minha infância são manchadas pelo abuso. Quando eu sinto o cheiro do perfume dela ou vejo aquele jogo de tabuleiro em uma loja ou na TV, isso traz as lembranças de volta”, afirmou. “Eu não consigo superar isso”.
Outros casos
Samuel Brinton tinha apenas 12 anos quando foi submetido a uma sessão de ‘cura’ na igreja batista norte-americana após ter contado ao pai, um pastor do interior do estado de Iowa, que sentia atração pelo melhor amigo.
O caso de Samuel foi publicado pelo Pragmatismo Político em 2011, quando ele tinha 23 anos e estudava engenharia nuclear no conceituado MIT (Massachussets Institute of Technology).
Durante as sessões de tortura para “reverter a homossexualidade”, Samuel foi eletrocutado e teve as mãos queimadas e depois congeladas. Pequenas agulhas foram enfiadas embaixo das suas unhas. Tudo isso enquanto um vídeo exibia cenas de sexo explícito entre homens.
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