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PM matériaFoto: Divulgação Polícia Civil
  
No próximo dia 6 de fevereiro se completa exatamente um ano da morte de 12 jovens na Vila Moisés, no bairro do Cabula. Na operação nove policiais foram indiciados pelo Ministério Público por crime de execução — e, posteriormente, inocentados pela Justiça por entendimento que agiram em legítima defesa.
Um destes policiais, porém, está detido no Batalhão de Choque da PM, em Lauro de Freitas. Lúcio Ferreira de Jesus, 35 anos, é acusado de um cometer crime de extorsão e chantagem mediante sequestro. À época de sua prisão, em outubro passado, o caso foi noticiado pela imprensa, mas não se fez a exata relação entre seu envolvimento neste crime e a ação no caso do Cabula.
Após cruzamento das informações feito pelo Aratu Online, a assessoria da Polícia Militar confirmou que se tratava exatamente da mesma pessoa. A polícia disse ainda que instaurou processo administrativo disciplinar para investigar o caso. A defesa do policial entrou com um pedido de liberdade provisória, até aqui negada pela Justiça.
Lúcio era lotado na Rondesp Central e participava de uma quadrilha com outras seis pessoas (dentre eles mais dois policiais militares da ativa). Eles sequestravam parentes de traficantes ou pessoas com problemas com a Justiça e exigiam resgate em dinheiro como troca para libertar as vítimas. O grupo foi desarticulado pela Polícia Civil após meses de investigação.
Quadrilha de policiais presa por extorsão e sequestro
Quadrilha de policiais presa por extorsão e sequestro
Com eles foram encontrados armas, munições, R$ 4 mil, uma motocicleta, dois automóveis, algemas e roupas.
Além de Lúcio, foram presos na operação Maurício Santos Santana, 34 anos, da 39ª CIPM/Boca do Rio, Clovis de Miranda Silva, 33, da 23ª CIPM/Tancredo Neves, além do soldado Danilo Pereira Silva, 30, já na reserva. O comerciante Clemílson Meira Santos, 25, e o mototaxista José Vitor Pires de Novaes, 29, também foram detidos.
Caso Vila Moisés
Os noves policiais militares envolvidos na ação que resultou em 12 mortes na Vila Moisés, no Cabula, foram inocentados pela juíza Marivalda Almeida Moutinho em junho de 2015. Na oportunidade, a magistrada aceitou a tese de que houve legítima defesa com base nas provas periciais apresentadas no inquérito policial.
O promotor Davi Gallo informou ao Aratu Online que recorreu da decisão, mas que o processo está parado, pois “a defesa precisa apresentar o contra-argumento”. Enquanto a questão não é resolvida, os policiais seguem exercendo as suas atividades normalmente.
 
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