Quando o assunto é relacionamento amoroso, o afeto é fundamental
Cada pessoa tem uma maneira própria de ser, e o mundo é melhor por ser assim. Mas temos em comum o fato de nos relacionarmos uns com os outros e sabermos que os relacionamentos são mais frutuosos quando são marcados pelo afeto, ou seja, um sentimento de carinho que se tem por alguém e que se expressa de diversas maneiras, embora com o mesmo objetivo: demostrar que aprecia e ama. Para uns, demonstrar afeto é fácil e prazeroso; para outros, é difícil e até constrangedor. Tudo depende da relação que se tem com a vida.
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
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Quem não foi desejado pelos pais nem recebeu afeto nos primeiros anos de vida, provavelmente, tem mais dificuldades de acreditar no amor do que quem viveu a experiência de ser acolhido e amado desde sempre. Mas tanto um caso como o outro tem necessidade de experimentar o amor traduzido em afeto e até mesmo, de maneira inconsciente, é inclinado a buscá-lo em tudo o que faz. O afeto tem um poder extraordinário de nos revigorar, e quem já recebeu um abraço em momentos difíceis entende bem o que digo. E não para por aí! Uma boa risada, um olhar amoroso, uma mão amiga, um coração sincero que nos acolhe, independente dos nossos erros, e tantas outras expressões de afetos, trazem sempre um colorido especial aos nossos dias.
Quando o assunto é relacionamento amoroso, aí nem se fala, o afeto é fundamental!
Não imagino um casal de namorados, por exemplo, que raramente se abracem e se beijem, poucas vezes se olham trocando cumplicidade. Não que o afeto seja só isso, mas digamos que seria o mínimo para um casal que se ama. O afeto, a meu ver, é também uma forma de diminuir a distância entre nós que amamos e a alma do amado, onde mora o amor.
Não imagino um casal de namorados, por exemplo, que raramente se abracem e se beijem, poucas vezes se olham trocando cumplicidade. Não que o afeto seja só isso, mas digamos que seria o mínimo para um casal que se ama. O afeto, a meu ver, é também uma forma de diminuir a distância entre nós que amamos e a alma do amado, onde mora o amor.
O poder de um abraço
Experimento isso, por exemplo, quando abraço afetuosamente meu marido. Sinto-me mais perto do centro do seu ser, que podemos chamar de coração; assim, no mistério desse encontro, sou envolvida não só por seus braços, mas também pela força que emana de sua alma, fazendo-o ser o que é e chamando-me a ser quem sou. Acredito que seja por razões como essa que estudiosos exaltam tanto o poder de um abraço, até mesmo como meio para alcançar a cura do físico e da alma. Não só o abraço, mas o afeto em si, expresso de forma ordenada, traz inúmeros benefícios aos relacionamentos, proporcionando consequentemente uma vida mais plena e feliz.
Afeto x apego
O que não pode acontecer é confundirmos afeto com apego, principalmente em um relacionamento amoroso, pois quanto mais nos apegamos a uma pessoa, menos chances temos de amá-la verdadeiramente, já que apego é egoísmo e não tem nada a ver com amor. Além disso, experiências comprovam que quando tentamos preencher os espaços vazios da nossa alma com a presença exclusiva de uma pessoa, é muito fácil nos decepcionarmos com ela e mais vazios nos tornarmos. Portanto, cuidado, ninguém, a não ser Deus, que é o próprio amor, pode preencher totalmente o coração humano, e o afeto é bom e benéfico, desde que submetido a essa verdade. Amar é viver o desafio de plantar, cultivar e contemplar os frutos sem a pretensão de fazer a colheita, é ter a coragem de sair de si mesmo e doar-se a exemplo de Jesus, sem esperar ser amado; é escolher plantar a felicidade no coração do outro e ser feliz só por isso.
Então, seja afetuoso sem jamais deixar de amar, pois é o amor expresso com afeto que torna seu relacionamento mais pleno e dá sentido a todas as coisas, mesmo as mais ordinárias do dia a dia. Vá além dos muros da indiferença e ame mais, abrace mais, pois já está provado que os benefícios do amar compensam os sacrifícios que ele implica.
“Então, ama! Ama e expressa teu amor sem medo nem culpa, desprende-te de quem te retém, mas não recuses receber nem dar um afeto amoroso”.
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