As duas presas da cadeia pública de Guarapuava, na região central do Paraná, que publicaram dezenas de fotos sensuais tiradas de dentro das celas em perfis pessoais no Facebook, em abril de 2014, são irmãs e foram presas por tráfico de drogas entre julho e outubro do ano passado, segundo o chefe da cadeia, Altemir Antonio Nascimento. Além disso, Nascimento revelou ao G1,nesta quinta-feira (28), que as duas mulheres continuam na mesma cela.
As postagens mostram as detentas seminuas fazendo poses sensuais em cima das camas de cimento das celas. Até a tarde desta quinta-feira, os perfis continuavam no ar. As atualizações nos perfis foram descobertas pelos responsáveis pela cadeia pública logo que foram publicadas na rede social e, à época, os telefones celulares que estavam com as presas foram apreendidos e, como punição, as detentas ficaram um mês sem receber visitas.
O chefe da cadeia pública do município relatou, ainda, que telas de proteção foram colocadas no solário da cadeia e nas janelas que dão acesso aos corredores e cubículos para dificultar a entrada de celulares. O local, ainda de acordo com ele, possui detectores de metais e é feita revista em visitantes. Entretanto, entre janeiro e julho deste ano, os agentes carcerários apreenderam 125 celulares na cadeia de Guarapuava. Nascimento alega que, geralmente, os telefones são arremessados no solário da cadeia, principalmente em dias de sol, ou são levados escondidos por familiares, até mesmo em partes íntimas, e entregue durante as visitas.Nascimento explicou que, atualmente, a cadeia pública de Guarapuava abriga 294 presos, entre homens e mulheres. Entretanto, a unidade foi projetada para abrigar 166 detentos. Na ala feminina, que é composta por apenas duas celas, deveriam ficar no máximo 11 pessoas em cada, mas os espaços já acumulam 29 detentas.
Além disso, o chefe da cadeia informou que é feito um controle do perfil de todos os presos nas redes sociais para verificar se há alguma atualização enquanto eles estão detidos.
De acordo com a 1ª Vara Criminal de Guarapuava, uma das detentas que tirou as fotos sensuais foi condenada a 5 anos e 6 meses de prisão e está cumprindo a pena em regime fechado desde junho deste ano, quando a sentença sobre o caso dela foi proferido pelo juizado. Já a outra presidiária, foi condenada a 13 anos de 1 mês de reclusão em regime fechado por tráfico e associação ao tráfico. Ela cumpre pena desde o dia 31 de janeiro deste ano.
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