Rosilene Medeiro disse que está distribuindo currículos, mas que ainda não conseguiu um novo emprego
Rosilene Medeiros denunciou patroa por injúria racial após ser comparada com “Escrava Isaura” (Foto: Reprodução Facebook)
Redação VN
redacao@varelanoticias.com.br
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Uma operadora de caixa de uma filial do Subway foi vítima de racismo no Rio de Janeiro. Com dois meses no emprego, Rosilene Medeiros, de 30 anos, se viu obrigada a pedir demissão da empresa depois que viu uma postagem da gerente do estabelecimento no Facebook. Ela colocou uma foto de Rosilene limpando o balcão do local com a seguinte legenda: “Protagonista da novela escravasaura (sic)”. A funcionária preferiu não suportar esta situação e preferiu ficar entre os desempregados.
“Ela estava tirando várias fotos da loja neste dia e eu estava limpando o balcão. Vi que ela tirou a foto e pedi que ela não publicasse, afinal, eu estava de joelhos limpando a vitrine. E mesmo pedindo para não publicar, ela foi lá e colocou a foto e ainda escreveu isso.”, disse Rosilene durante entrevista para o Jornal Extra.
Gerente compara funcionária com “Escrava Isaura” em post no Facebook (Foto: Reprodução / Facebook)
Poucos dias depois que a foto foi publicada no Facebook, a operadora de caixa ficou curiosa com as fotos e procurou-através de um perfil de uma amiga. Quando finalmente encontrou a publicação, Rosilene acabou passando mal.
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“Minha filha de sete anos ficava me perguntando por que eu estava nervosa, por que eu me tremia e chorava tanto. Como vou explicar isso para uma criança dessa idade?”, desabafou a operadora de caixa.
Revoltada com o ocorrido, Rosilene foi procurar a gerente da loja para tirar satisfações sobre o que aconteceu. A operadora de caixa também pediu para falar com o dono do estabelecimento. O homem disse que não viu ofensa no caso e até disse que a gerente estava elogiando-a, ao compará-la com uma atriz.
Por causa desta situação, Rosilene preferiu pedir demissão e, depois de receber orientação do advogado, ela registrou um boletim de ocorrência na 29ª DP (Madureira) no dia 7 de junho, onde falava sobre o incidente. Como ela ainda estava no período de experiência, a operadora de caixa recebeu apenas R$ 80 de rescisão e, desde então, não conseguiu arrumar outro emprego, apesar de estar distribuindo currículos desde que saiu de seu último trabalho.
